Demissão do Cónego Martins deve-se mais a discordâncias internas de funcionamento

O Cónego Manuel Martins não quer alimentar polémicas. Após a sua demissão de Ecónomo Diocesano e de Vigário Episcopal do Património opta pelo silêncio sobre a substância dos factos que o levou a entregar as funções à hierarquia. Mas o pouco que acrescenta hoje, numa nota complementar ao comunicado da Diocese, revela uma clara divergência interna que ressalta agora para o domínio público.
Na nota complementar publicada, divulgada hoje também na sua página de Facebook,  o Cónego Manuel Martins explica-se nestes termos: “Na sequência do comunicado da Diocese do Funchal publicado ontem (14/03/2023) no seu site oficial, sobre o meu pedido de demissão do cargo de Ecónomo diocesano e de Vigário Episcopal do Património, venho complementar a informação apresentada pela Diocese. O meu pedido de desvinculação, deveu-se em parte por motivos pessoais, mas sobretudo por situações internas de funcionamento com as quais eu não me identifico”.
Instado a explicitar as “situações internas de funcionamentoo” que levaram à sua saída, o sacerdote não quis adiantar mais dados. Muitas são as hipóteses externamente sugeridas – sem confirmação do pároco de São Martinho – desde a sempre polémica e complexa gestão do património, à recente venda do Seminário da Encarnação, à mudança de instalações do Posto Emissor do Funchal e outros dossiers pendentes que poderão estar a suscitar fissuras internas na gestão dos processos.
O Cónego Martins deixa as funções de gestão do património mas continua a estar à frente da Paróquia de São Martinho.