O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira alertou, hoje, para os problemas provocados pela doença mental e pediu a continuidade do empenho das escolas na promoção do bem-estar psíquico e social, refere uma nota parlamentar.
“Temos de reforçar as respostas dos serviços de saúde, mas sobretudo actuar na prevenção”, considerou. “E aqui a escola tem um papel muito importante a desempenhar na detecção precoce de casos, mas também no incentivar dos jovens para comportamentos e estilos de vida saudáveis”.
José Manuel Rodrigues falava na sessão de abertura do Parlamento dos Jovens, onde alunos de 12 escolas madeirenses do ensino básico debatem projectos relacionados com o tema “Saúde Mental dos Jovens: Que desafios? Que Respostas”.
“A revolução tecnológica e as redes sociais, se por um lado vieram aproximar as pessoas e fazer do mundo uma aldeia global, por outro contribuíram para um maior isolamento do indivíduo e para uma menor socialização. A disseminação de novas adições, como os jogos electrónicos, traz problemas graves de integração social”, alertou o presidente do Parlamento madeirense, que se mostrou, ainda, preocupado com “o aumento do alcoolismo e de novas substâncias psicoactivas, que criaram problemas de saúde mental e exclusão social”.
Na oportunide, o secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia revelou que a Madeira tem vindo a reforçar o número de psicólogos nas escolas como forma de garantir o bem-estar mental e o bem-estar social.
“Integram as nossas escolas cerca de 80 psicólogos”, confirmou Jorge Carvalho na Assembleia Legislativa da Madeira.
Numa altura em que a Assembleia da República discute uma nova lei de saúde mental, os jovens madeirenses apresentam propostas para o bem-estar social, em particular dos mais novos. “A lei já não era revista há cerca de 20 anos, e por isso todos os contributos são importantes”, frisou a deputada do PSD na Assembleia da República Sara Madruga da Costa.