PS-M repudia comportamento de Adolfo Brazão na Comissão de Inquérito

O PS-M mostrou hoje repúdio pela atitude do presidente da Comissão de Inquérito às ditas “obras inventadas e favorecimentos do Governo Regional a grupos económicos”, por ter tentado calar este partido no processo de apuramento dos factos denunciados pelo ex-deputado Sérgio Marques.

“Esta tarde, durante a audição ao empresário Luís Miguel de Sousa, a maioria PSD-CDS, no seu habitual estilo demagógico, afirmou não fazer sentido a comissão de inquérito não ouvir o autor das denúncias, esquecendo-se que foram os próprios deputados destes partidos a recusarem a audição de Sérgio Marques”, diz o presidente do PS-Madeira, Sérgio Gonçalves.

Sérgio Gonçalves referiu, tal como o fez hoje no parlamento regional Rui Caetano, que o PS solicitou a audição de 12 personalidades. Mas o PSD e o CDS apenas permitiram a inquirição dos nomes que foram pedidos de forma potestativa – o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e os empresários Luís Miguel de Sousa e Avelino Farinha.

O líder socialista referiu que, além destes, a lista apontada pelo PS incluía ainda os nomes de Sérgio Marques, Paulo Prada, Miguel de Sousa, Jaime Filipe Ramos, João Guilherme Canas da Costa, José Prada, Francisco Costa, Pedro Calado e Alberto João Jardim.

“Como é que têm o descaramento de dizer que Sérgio Marques só não está na comissão de inquérito porque tal não foi solicitado pelo PS?”, questiona Sérgio Gonçalves, condenando também a atitude do presidente da comissão – o social-democrata Adolfo Brazão – de cortar a palavra ao PS quando explicava este comportamento da maioria.

“Aquilo a que assistimos hoje revela que o PSD e o CDS não querem discutir aquele que é o real objecto da criação desta comissão de inquérito, que são as denúncias de ‘obras inventadas’, de favorecimentos do Governo Regional a grupos económicos da Região e da cedência de Miguel Albuquerque a pressões de alguns desses grupos”, afirmou Sérgio Gonçalves.