
A identificação de bloqueios emocionais na adolescência é cada vez mais uma realidade visível e urge uma resposta atempada a estes problemas, muitas vezes através da procura de ajuda técnica, ou seja, de apoio psicológico. Adiar os problemas é avolumar os efeitos em cadeia das situações de crise e adensá-las. A explicação foi feita aos jovens da Escola Secundária Jaime Moniz, dos cursos de Educação e Formação (CEF 61 e CEF62, Cursos Técnicos de Informação e Animação Turística e Gestão do Ambiente), pelas psicólogas Sílvia Brazão e Sílvia Freitas.
As profissionais Sílvia Freitas e Sílvia Brazão integram a equipa do Serviço de Atendimento ao Jovem do Centro de Saúde do Bom Jesus e é o terceiro ano consecutivo que se deslocam ao “Liceu” para partilhar com os jovens a importância de cuidar das emoções, como identificá-las, os sinais de alerta e, sobretudo, as estratégias de superação dos bloqueios emocionais, tão frequentes na adolescência. “Não podemos varrer as emoções negativas para debaixo do tapete mas, de forma clara e firme, para o caixote do lixo. Para que isso aconteça, é preciso assumir o problema e procurar uma solução”, defendeu Sílvia Brazão. Nesta caminhada, o autoconhecimento é essencial, através até de ajuda profissional.

O momento do debate foi particularmente rico, uma vez que os alunos colocaram questões anónimas em caixa fechada, a que as oradoras tiveram a oportunidade de responder. Um debate muito participado, uma vez que os jovens demonstram curiosidade sobre os problemas da ansiedade, a gestão de perdas, como enfrentar o futuro, bem como a melhoria da autoestima e as tensões nos relacionamentos.
Esta iniciativa resulta de uma “parceria” entre as psicólogas do Serviço de Atendimento ao Jovem no CSBJ e a ESJM, no sentido da partilha de práticas que possam superar problemas que afetam o rendimento escolar dos jovens e a sua socialização.