CDU defende melhores condições para os bombeiros sapadores

A CDU realizou esta terça-feira uma iniciativa política sobre os direitos dos Bombeiros Sapadores do Funchal. Junto ao respectivo quartel, a deputada municipal, Herlanda Amado, disse que a CDU, ao longo de anos, tem dado voz aos problemas colocados por estes profissionais, apresentando sempre propostas que nunca foram aprovados pelos partidos do poder, PS, PSD e CDS.

“Na Assembleia da República, na Assembleia Regional, na Câmara e na Assembleia Municipal do Funchal, enquanto nós apresentávamos as propostas depois de ouvidos estes trabalhadores, PS, PSD e CDS, fazendo-se de cegos, surdos e mudos, durante anos tudo fizeram para impedir a justa valorização desta profissão”, acusou Herlanda Amado.

“Com a mais recente conquista com a equiparação salarial pelas tarefas desempenhadas, acabando com a injusta penalização de que eram alvo, existem outros problemas que precisam de ser resolvidos”, alertam os comunistas.

“Sendo verdade que têm fardas novas, sendo verdade que têm viaturas novas, esta não é uma benesse da Câmara a estes profissionais. É um dever garantir as melhores condições de trabalho para que possam exercer a sua profissão. Às vezes são anunciadas medidas que mais parecem “favores” dados pela Autarquia, quando fazem parte das suas responsabilidades. O direito ao descanso em condições deve ser assegurado pela Autarquia. Ninguém está a pedir quartos de luxo para estes profissionais, o que exige são as melhorias neste Quartel para que quem está a descansar durante turnos, o possa fazer dignamente, até que sejam chamados para alguma ocorrência”, defendeu.

“Existem outros direitos que têm de ser assegurados, como garantir mais meios humanos, materiais, dignas condições de acomodação e de trabalho, assim como o reforço de meios de combate, a nível de equipamentos e veículos. Podem sempre contar com a nossa intervenção, quer seja na rua a alertar as pessoas para as necessidades de quem aqui trabalha, mas acima de tudo apresentando propostas para que essas necessidades sejam resolvidas”, assegurou.

“Bem recentemente, e apenas para dar um exemplo, durante este período de pandemia, muitos aplaudiram os profissionais da saúde e quem garantia o auxílio a muitos que precisaram dos profissionais de socorro. Eles precisam mais do que isso. Precisam do reconhecimento público, mas acima de tudo no plano dos direitos remuneratórios e condições de trabalho. E daqui deixamos um desafio à mobilização das pessoas, para que possam em conjunto com os profissionais desta e de outras Corporações de Bombeiros, Sapadores ou Voluntários, exigir junto das Autarquias e do Governo, que estes profissionais sejam lembrados e a as suas justas lutas, todos os dias e não apenas em momentos de aflição”, referiu.