Sérgio Gonçalves acusa o presidente do Governo Regional de recorrer à “mentira” apenas para desviar as atenções e para fugir às suas responsabilidades governativas. Reagindo às afirmações de Miguel Albuquerque, “que, de forma ardilosa, inventou ontem uma sugestão do PS para que o executivo madeirense passasse a fazer parte da solução no que se refere à mobilidade e à garantia da continuidade territorial”, o presidente do PS-M garante que o partido não apresentou qualquer proposta neste sentido, desafiando Albuquerque a provar o contrário.
O dirigente dos socialistas madeirenses frisou que Miguel Albuquerque “inventou esta proposta apenas com o intuito de tentar desresponsabilizar-se por um modelo criado pelo próprio e pelo então primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que levou a que os preços das passagens aéreas tenham disparado”.
Por outro lado, não deixa de apontar o momento escolhido pelo governante para estas declarações, quem sabe para “tentar esconder” que as 11 viaturas eléctricas entregues à Segurança Social da Madeira, no valor de 308 mil euros, foram pagas pelo Orçamento nacional, facto que tanto Albuquerque como a secretária regional da Inclusão, Rita Andrade, “omitiram propositadamente”, cumprimentando com chapéu alheio.
Sérgio Gonçalves assegura que o PS não tolerará que o Governo Regional continue a recorrer à calúnia e ao logro com fins eleitoralistas e diz que “Miguel Albuquerque devia preocupar-se em governar, ao invés de inventar propostas que não existem”.
“A má governação social-democrata conduziu a Madeira ao lugar de região com o maior risco de pobreza e maiores desigualdades sociais do País. O presidente do Governo devia era preocupar-se em inverter esta realidade (…)”, considera.
Sérgio Gonçalves diz que a conduta do Governo Regional tem sido lesiva para os madeirenses, facto que foi inclusivamente reconhecido pelo ex-deputado do PSD Sérgio Marques, que denunciou a existência de “obras inventadas” para alimentar o regime.
Uma situação que, lembra, levou o Governo de Albuquerque ao pagamento de indemnizações de mais de 55 milhões de euros.
Nesta linha, o presidente do PS-M não deixa também de apontar os “investimentos loucos” feitos pelas Sociedades de Desenvolvimento, organismos nos quais o Executivo de Albuquerque já injetou mais de 200 milhões de euros e cuja dívida, na ordem de 120 milhões de euros, tenciona absorver.
A isto acresce ainda o dispêndio de 33 milhões de euros por ano em mais de 900 nomeações políticas, apenas para alimentar as clientelas partidárias do PSD e do CDS. Isto, quando os madeirenses enfrentam enormes dificuldades, decorrentes do aumento da inflação e do custo de vida, refere o comunicado dos socialistas, enviado aos órgãos de comunicação social.
“É inaceitável que Miguel Albuquerque e o seu Executivo continuem a desbaratar desta forma o dinheiro dos contribuintes madeirenses”, afirma Sérgio Gonçalves, criticando a “opulência” do Governo Regional, contrastante com a pobreza que grassa por toda a Região.