
Um fogo de artifício no valor de um milhão de euros assinalou novamente a passagem do “Ano Velho” para o “Ano Novo”, permitindo a muitos madeirenses (residentes na região do país com maior número de pessoas em risco de pobreza) se não colocar comida na mesa, pelo menos encherem a alma com a beleza do espectáculo pirotécnico… Confira o vídeo no link https://fb.watch/hMDlJrU4IW/
É evidente que não faltará quem defenda a aposta dos nossos governantes e que afirme que a monocultura do turismo é de esmagadora importância para a nossa Região, e que esse milhão de euros foi muito bem gasto e que permitirá à economia da RAM multiplicá-lo infinitas vezes, retirando de um investimento nos foguetes que ardem nos céus um proveito inatacável.
Mesmo assim, e sem querer rebaixar de modo algum a beleza das cores e do elemento feérico que sempre caracteriza o fogo de fim-de-ano, e desejando as melhores “entradas a todos os nossos leitores”, o FN não deixa de fazer uma leitura algo filosófica do momento, momento esse em que uns se gabam da retoma pós-pandemia efectuada na Região e se congratulam pelo sucesso que consideram verificar-se, ao mesmo tempo que avisam para a nova crise que já está entre nós e que promete agravar-se, com o aumento de bens essenciais, das taxas de juro e de muitas outras contas para pagar, “decorrentes da guerra na Ucrânia”.
De qualquer modo, veja algumas fotos que procuram ilustrar a pirotecnia sempre cativante de um “Reveillon” que ambiciona rivalizar com os das maiores capitais do mundo e ao qual, inquestionavelmente, os madeirenses aderem em massa, tal como os turistas que nos visitam.
E que da beleza feérica se tire alimento espiritual para o 2023 que agora se nos apresenta. Foram mais de oito minutos de intensos fogos a pintar cores no céu, a cargo da “Macedo’s Pirotecnia”, num espectáculo intitulado “Madeira 4-0 – Da Tradição à Inovação Tecnológica”, abrilhantado com lasers e efeitos sonoros. Inspirador, sem dúvida…