O PAN-Madeira refere, num comunicado, que, sem surpresa nem novidade, o Orçamento Municipal de 2023 foi aprovado na Assembleia Municipal pela maioria do PSD Madeira.
“Surpresa terá havido, sim – ou, talvez não… – na forma como a maioria se comportou com tiques de absolutismo, confundindo os seus interesses específicos com os interesses reais do município. Esse registo do “quero, posso e mando” foi particularmente evidente nos chumbos às propostas apresentadas pela oposição, o que diz muito da vontade de diálogo e de abertura democrática por parte da vereação do PSD”, critica o PAN.
“Porventura seriam frágeis e pouco substantivas as propostas apresentadas pela oposição? Não, de todo. Por isso, que fique claro que a maioria preferiu ignorar alternativas construtivas em nome de uma obsessão ideológica, num registo autocrático característico de quem confunde o Município com um partido. Sendo atendível e compreensível o argumento de as maiorias permitirem uma governação mais estável e de acordo com a ideologia sufragada, tal não é compaginável com uma ausência de diálogo democrático ou o desrespeito pela oposição”, critica esta estrutura política.
O orçamento para o ano de 2023, segundo o PAN, evidencia uma gritante falta de capacidade de resposta à crescente instabilidade social que o Funchal vive.
“Este sendo um típico Orçamento do PSD-M, contém um conjunto de vícios de forma e assim sendo as reformas estruturais que o município tão urgentemente precisa são reduzidas a menos do que um conjunto de intenções cujo único resultado efetivo será o de aprofundar as dependências sociais, levando-nos a caminhar irremediavelmente para o colapso estrutural perante esta inércia e incapacidade governativa. Com este orçamento concluímos que estamos perante uma vereação, sem rasgo, sem ideias, conduzida por um presidente de Câmara cuja capacidade de resolução de problemas já é considerada, por um número crescente e cada vez maior de habitantes do Funchal, como uma desilusão”, refere o PAN.
Segundo o “Pessoas, Animais, Natureza”, o Funchal enferma hoje entre outros problemas, de:
- uma falta de segurança gritante;
- um excessivo envelhecimento da população (sem haver políticas adequadas ao incremento da natalidade);
- serviços municipais demasiado burocratizados;
- falta de acordos governativos estruturais que vão além dos partidos e além dos ciclos políticos eleitorais”.