Bispo auxiliar do Cazaquistão celebrou missa em latim na Sé do Funchal

Rui Marote
Esteve recentemente na Madeira o bispo auxiliar do Cazaquistão em Astana. Athanasius Schneider foi convidado a orientar um grupo de 30 peregrinos americanos, para conhecer toda a história e envolvência religiosa do beato Carlos da Áustria.
O Funchal Notícias teve conhecimento da celebração de uma missa Tridentina numa das capelas da Sé Catedral.
Há 57 anos a missa deixou de ser celebrada em latim. Ao fazê-lo, deixava-se o povo de fora das liturgia, pois a maior parte das pessoas nada compreendia. Paulo VI foi o primeiro Papa a celebrar a Eucaristia na língua local.
Liturgia” é uma palavra grega que significa “acção do povo”. A missa em latim acabava por ser apenas a acção dos padres. Nem as leituras da Bíblia eram lidas em vernáculo, só a homilia.
A Missa Tridentina é a liturgia da Missa do Rito Romano contida nas edições típicas do Missal Romano, que foram publicados de 1570 até 1962. Todas estas edições tinham a indicação “ex decreto sacrosancti Concilii Tridentini restitutum”
Schneider que nasceu a 7 de Abril de 1965 na República Soviética do Quirguistão, foi ordenado sacerdote a 25 de Março de 1990. Foi nomeado Bispo auxiliar da Arquidiocese de Astana por Bento XVI.
O Bispo Auxiliar de Astana, segundo consta é um fervoroso defensor da iniciativa dos quatro cardeais (Carlo Caffarra , Walter Brandmüller , Raymond L. Burke e Joachim Meisner) que apresentaram ao Papa Francisco, em 19 de setembro de 2016, cinco dubias relativas ao conteúdo de Exortação Apostólica Amoris Laetitia . É também um dos três autores da Profissão das Verdades Imutáveis sobre o Matrimónio Sacramental de 31 de Dezembro de 2017 que, de acordo com o Cânone 915, que nunca foi abolido ou modificado, defende a doutrina tradicional da Igreja quanto à recusa de comunhão aos divorciados recasados que, sem prejulgar a sua culpa subjectiva, não se beneficiaram da anulação de sua união anterior e estão a viver como marido e mulher.

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