José Manuel Rodrigues preocupado com a “cultura de morte” que marca a atualidade

No âmbito do projeto Parlamento com Causas, decorreu, ontem, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM), a sessão de apresentação pública do livro Sonhos, dor e tanto pela frente, da autoria da jornalista Paula Castanho. A sessão foi presidida pelo Presidente da ALRAM e a apresentação da obra esteve a cargo da Vice-Presidente da ALRAM, Rubina Leal.

Fotos: DR

Na sua intervenção, José Manuel Rodrigues pegou nas histórias de sofrimento e superação abordadas no livro para se pronunciar sobre a aprovação da eutanásia pela Assembleia da República, tendo começado por afirmar que “as nossas sociedades convivem mal com o sofrimento”. O Presidente da ALRAM reforçou esta ideia acrescentando que “as sociedades atuais odeiam o sofrimento” e que, “portanto, estes livros fazem falta porque vêm dizer-nos que o sofrimento faz parte da vida e que é possível vencê-lo”, sublinhou, revelando a sua preocupação face a “uma certa cultura de morte e de banalização do mal e da violência, que prolifera nos tempos que vivemos.”

José Manuel Rodrigues disse, ainda, entender que a eutanásia “não é uma questão de crença religiosa, mas uma questão moral, ética e de civilização” e defendeu que esta matéria “merecia uma ampla discussão na sociedade portuguesa antes de ter sido aprovada”, pois “a vida humana deve ter dignidade, em qualquer circunstância, e o direito à vida é indispensável e indiscutível.” O Presidente do parlamento regional concluiu a sua intervenção enfatizando a pertinência da obra de Paula Castanho para um entendimento mais profundo das questões, tão complexas, ligadas à doença e ao sofrimento, lembrando que as histórias ali narradas “falam de sofrimento e de doença, mas também de coragem e superação. No fundo, falam de todos nós.”, disse.