MPT constata que formação não se traduz em emprego mais bem pago ou seguro

O MPT refere, numa nota às Redacções, que ter formação “não promove o emprego de longa duração nem aumenta a renumeração”. Tal, diz, é o que se conclui da análise ao Plano de Desenvolvimento Económico e Social da Região Autónoma da Madeira 2030 — PDES Madeira 2030 publicado Decreto Legislativo Regional n.º 17/2020/M. O MPT salienta, a respeito, a frase:

“(…) Constata-se que a notória melhoria das habilitações escolares do pessoal ao serviço nas empresas não tem tradução na atenuação dos níveis de precaridade da contratação de trabalho e na melhoria das remunerações salariais

Refere o MPT que o Governo Regional, através do Plano de Desenvolvimento Económico e Social da Região Autónoma da Madeira 2030 e da Estratégia Regional de Especialização Inteligente continua a apostar na formação para promover o desenvolvimento. É verdade que conseguiu alguns resultados animadores embora não atingindo os objectivos, considera o partido.

“A economia regional não consegue absorver os novos licenciados pois o modelo económico está baseado na dinâmica turístico-imobiliária que não necessita de grandes qualificações”, entende o MPT.

Esta estrutura política considera, pois, que urge diversificar a economia apostando no desenvolvimento sustentável: 100% da energia eléctrica produzida por fontes renováveis (incluindo eólicas off shore), uma aposta na mobilidade eléctrica ou a hidrogénio (que terá efeitos positivos no Turismo), economia azul com projectos piloto para aquacultura em off shore, e economia circular através de uma melhor separação dos resíduos domésticos com vista à sua reutilização e reciclagem.

“Desta forma, por iniciativa do Estado, serão criados mais empregos, muitos deles qualificados, que possibilitarão a concorrência dos empregadores pela mão-de-obra que por sua vez aumentará os salários médios. Será a economia de mercado a funcionar”, aforma Valter Rodrigues, coordenador do MPT na RAM.