PAN denuncia “lixeira a céu aberto” em São Vicente

O PAN veio pedir a fiscalização e a rápida remoção dos resíduos depositados na “lixeira a céu aberto” localizada no sítio das Ginjas ao Município de São Vicente. Um pedido endereçado à Secretaria Regional de Ambiente e das Alterações climáticas.

“Houve um tempo em que se podia dizer, sem grande exagero, que existiam na Madeira várias lixeiras a céu aberto, tantos eram os sítios da região onde o lixo era posto indiscriminadamente, com pouco ou nenhum controlo. Hoje, com ambiciosos objectivos no horizonte, uma paisagem radicalmente diferente e um debate sobre como conseguir que o país recicle muito mais do que actualmente, parecia que já tinha sido há uma eternidade. Mas não: não foi assim, e em São Vicente com a conivência ou inclusive efectuados pelas autoridades locais o lixo acumula-se na paisagem em terrenos municipais”, refere um comunicado enviado às Redacções.

O PAN afirma que, com ou sem responsabilidade do município, “a verdade é que existe uma lixeira a céu aberto no sítio das Ginjas. Lá encontra-se uma grande variedade de lixo (pneus, entulhos de construção civil, ferro, electrodomésticos, lixo doméstico…), o que prejudica o ambiente”.

No que a São Vicente diz respeito, denuncia esta estrutura política, “este é apenas o mais recente episódio de depósito de lixos (…) pois vem juntar-se ao das chapas de lusalite, enterradas na Laurissilva e que ao degradar libertam uma fibra, o amianto, que por inalação permanente ou ingestão da água contaminada, pode provocar doenças pulmonares como o cancro no pulmão, o que é um verdadeiro atentado à saúde pública”.

“Será que o Sr. Presidente do Município e a Douta Secretária Regional do Ambiente desconhecem que na sequência da adesão às comunidades europeias, Portugal adaptou legislação comunitária, na área da água, da energia, do ambiente e em 1995 estabeleceu a meta de reciclar 50% dos resíduos urbanos até 2022 – como exige a Comissão Europeia — com exemplos como este parece quase inatingível, tanto como se afigurava em 1995 a tarefa de fazer desaparecer as lixeiras que então existiam, nas ribeiras, na serra, etc.?”, questiona o PAN.