PAN tece novas críticas ao modo como a sociedade trata os animais

A comitiva do PAN Madeira passou hoje por vários locais ligados à protecção animal e em locais onde existem matilhas urbanas, na visita à SPAD, o cabeça de lista do PAN pelo círculo da Madeira voltou à questão do transporte marítimo de animais, para referir que aquilo a que assistimos mais uma vez na 3ª feira foi de uma violência sem sentido. Referia-se, recorde-se, às condições em que os funchalenses puderam verificar serem transportados os animais, dentro de contentores, com pouquíssimo espaço de movimentos.

O candidato do PAN lembrou que ontem mesmo o Parlamento Europeu aprovou o relatório final da comissão de inquérito sobre a protecção dos animais durante o transporte, com 557 votos a favor, 55 contra e 78 abstenções.

O PAN lamenta que o PS na Madeira não acompanhe a preocupação do PS no Parlamento Europeu

Também o silêncio do Provedor do Animal, levou Joaquim José Sousa a questionar para que serve o mesmo, onde anda e o que faz.

“Ou será que é o provedor do fantasma? De tão invisível que é?”, ironizou.

Joaquim José Sousa referiu que a protecção, saúde e bem-estar dos animais é uma preocupação crescente da sociedade contemporânea, reveladora de uma maior consciencialização face à capacidade de sofrimento e sensibilidade dos animais. Afirmou também que a presença do PAN na Assembleia da República foi determinante para uma mudança de paradigma na forma como os animais são vistos e tratados em Portugal.

Por outro lado, declarou que na Madeira “foi sob a liderança de Miguel Silva Gouveia [na CMF] que o bem-estar animal viveu o seu melhor período”.

Para o PAN, “vivemos ainda numa sociedade marcadamente antropocêntrica e utilitarista – onde os animais, a natureza e grande parte dos seres humanos continuam a ser encarados como meros recursos, seja como alimento, vestuário, força de trabalho, rendimento, experimentação ou entretenimento”.

Para o candidato esta mudança de paradigma que o PAN reclama, em defesa da própria humanidade, enfrenta vários obstáculos materializados nos interesses conservadores e económicos, que se alimentam da exploração desenfreada da natureza e dos animais, e que continuam a ser financiados e protegidos pelo Estado.

No que diz respeito aos animais de companhia, e apesar da maior sensibilidade social, os crimes de maus-tratos, acorrentamento, abandono, violência continuam a ser um verdadeiro flagelo Madeira.

Joaquim Sousa terminou referindo que “não vale a pena ofenderem ou ameaçarem pois mais vale uma, duas três pessoas com convicções do que 100 com meras opiniões”.