“Liceu” distingue os melhores alunos no “Dia da Escola” com o presidente do Governo a mostrar brios também no piano

A presidente do conselho executivo da ESJM apelou também à cooperação do Governo Regional para a modernização dos laboratórios. Fotos DR.

A Escola Secundária Jaime Moniz assinalou hoje o “Dia da Escola”. A cerimónia, restrita a um número limitado de convidados por questões de segurança pandémica, foi dominada por momentos de grande entusiasmo, canto, emoção e até poesia que enriqueceram o evento e o tornaram marcante para alunos, pais e professores. Presidida pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque quis abrilhantar ainda mais a cerimónia, puxando pelos brios de artista ao piano, acompanhado pela voz inconfundível de Vânia Fernandes, num dueto improvisado com uma “Canção de Embalar”, numa homenagem às tradições populares musicais de Machico, que mereceu os aplausos do público.

Tradicionalmente, o “Liceu” assinala o seu Dia a 13 de janeiro, mas, por ajustamentos feitos dada a situação pandémica, a cerimónia só se realizou hoje. Como é habitual, a Escola aproveita a efeméride para distinguir os melhores alunos do 10.º, 11.º e 12.º anos que se destacaram em 2020-2021, bem como prestar homenagem aos trabalhadores docentes e não docentes que se aposentaram. Por isso, para todos os envolvidos é uma cerimónia marcante e recheada de emoções, porque os laços de afinidade com a Escola são muito fortes, quer por parte de quem sai quer por parte dos alunos que constroem o seu projeto de vida e os docentes e demais funcionários que continuam a servir a casa.

A presidente do conselho Executivo, Ana Isabel de Freitas, proferiu um discurso de aplauso a todos quantos têm construído e dinamizado a instituição assim como os seus desafios de conciliação da herança com o futuro, que mereceu de Miguel Albuquerque o elogio público porque revelou que o “Liceu” “percebeu o que se estava a passar em termos sociais – a acelerada evolução tecnológica e os novos paradigmas digitais – e conseguiu até antecipar através de soluções de formação e pedagógicas a cultura emergente de inovação digital e de vertiginosa mudança tecnológica, nunca esquecendo as humanidades e as artes para estimular o pensamento crítico, e sem ficar ancorada no pensamento conservador.”

Conforme salientou a presidente da ESJM, “O Dia da Escola permite-nos celebrar o passado, prestar tributo a todos os docentes e não docentes que, com o seu labor, dedicação e empenho têm contribuído para que o nosso Liceu se afirme cada vez mais como uma Escola de prestígio e de qualidade. Permite-nos, igualmente, olhar para o futuro com otimismo, confiança e a certeza de que continuaremos a desenvolver nos nossos alunos conhecimentos e competências, formando-os para um futuro que se pretende mais inclusivo e sustentável”.

Na sua alocução, Ana Isabel Freitas agradeceu o contributo do Governo Regional nas obras de melhoria ao edifício com 76 anos de idade, numa instituição com 185 anos. Mas a escola continua a contar com o apoio do GR para a recuperação de outros espaços, assim como a modernização dos laboratórios. Após a inauguração da Sala de Ambientes Inovadores “Luís Miguel de Sousa Classroom”, é objetivo da direção “continuar a apostar na colocação de painéis interativos em múltiplas salas de aula que, conjuntamente com a renovação do parque informático, já em curso, contribuirão para a criação de melhores condições de aprendizagem. Com vista à preservação da escola, está em curso a desmaterialização/digitalização da escola”.

Miguel Albuquerque felicita a Escola Jaime Moniz por estar já a preparar os alunos para os desafios tecnológicos da economia digital.

 

O presidente mostra aos alunos e à comunidade educativa o gosto pelo piano, com Vânia Fernandes a entoar uma “Canção de Embalar”.

https://www.facebook.com/funchalnoticias/videos/3064981577057525

Após as palavras da presidente do Conselho Executivo, que terminou com o desiderato de, em equipa, construir “o futuro num escola com história”, Miguel Albuquerque felicitou a instituição pelo seu caráter visionário de, antecipadamente, compreender a acelerada revolução técnica/digital em curso e já preparar os seus alunos para enfrentar tão grandes desafios.

Fazendo uma retrospetiva histórica, o presidente congratulou-se com a evolução ao nível da educação, recordando que, nos inícios da autonomia, a Madeira partiu de uma realidade com 60% de analfabetismo para uma taxa de conclusão do ensino secundário de 92%, graças ao esforço de sucessivas gerações, de pessoas empenhadas, como os professores, às vezes até à exaustão. Mas os números também mostram que 82% dos jovens que acabaram o ensino secundário frequentam o ensino superior.

A preocupação central do governante é a de acompanhar o comboio acelerado da evolução técnica: “Não queremos que os nossos filhos e netos façam parte de uma geração de inqualificados mas bem preparados para enfrentar os novos paradigmas tecnológicos e competir no mundo. Por vezes, a sociedade está um pouco alheada desta vertiginosa mudança que afeta a vivência diária de todos”. Num mundo em que 5 mil milhões usa hoje a Internet, é gratificante verificar que “a Madeira está a entrar num patamar de formação maciça dos jovens para se integrarem na chamada economia digital, podendo assim competir em igualdade de circunstâncias com o mundo”.

A Escola conta com 105 alunos que se destacaram pelo seu brilhante percurso académico com média igual ou acima dos 18 valores. Mas dada a pandemia, foram convidados para a cerimónia os três alunos de cada ano de escolaridade que obtiveram média mais elevada, assim como o pai ou mãe. Os alunos com a média mais elevada do 12 ano foram distinguidos com um prémio monetário do Grupo Sousa, enquanto os de 11.º ano receberam um prémio monetário do Grupo Santander. Também os alunos do 10.º ano foram premiado pelo Grupo Leya.

A Escola, com os apoios dos Grupos Leya, Santander e Sousa premiaram os melhores alunos do ano letivo 2020-2021.

 

Um dos momentos altos da sessão foi a distinção dos docentes aposentados, Rita Ferreira, Miguel Nunes, Ana Paula Fachada, José Manuel Meneses, Mariana Correia, Fátima Marques, Ricardo Bulha, Marina Palma, Fernando Santos e Maria dos Santos. Também os trabalhadores não docentes mereceram distinção, a saber: Gorete Marques, Beatriz Freitas, Maria José Gomes e José do Rosário Ferreira. Os abraços emocionados sucederam-se por parte daqueles que serviram a instituição.

 

 

 

A distinção da Escola aos profissionais aposentados não docentes.

A cerimónia encerrou abrindo alas à poesia pela voz de uma aluna distinguida pelo seu mérito escolar. Com muita emoção e sentimento, a linguagem poética deixou ao público a importância da escola, o centro de uma luta de glórias e momentos penosos mas cuja meta é sempre a vitória daqueles que verdadeiramente ousam sonhar.