A candidatura da CDU às próximas legislativas nacionais marcou presença na freguesia do Monte, concelho do Funchal, onde andou em contacto com a população. Na oportunidade, a cabeça de lista, Herlanda Amado, exigiu a reversão da privatização dos CTT – Correios de Portugal.
Referiu que “quando em Dezembro de 2013 ficou concluída a primeira fase da privatização dos CTT, pela mão do Governo do PSD e CDS-PP, já vínhamos a assistir a um “processo prévio de privatização”, com o objectivo claro e exclusivo de preparar e facilitar o caminho de entrega desta empresa aos privados.
A privatização dos CTT foi precedida de um conjunto de medidas no sentido da degradação e desmantelamento da empresa, ignorando por completo a garantia da continuação da qualidade do serviço prestado até aí. Em 2014 o Governo PSD/CDS-PP decidiu, proceder à venda da participação do Estado nos CTT, os restantes 31,5% que o Estado então detinha nesta importante empresa.
De um ponto de vista mais geral, desta decisão do Governo de então, resultaram desde logo, duas consequências muito negativas, tanto para o Estado, como para os cidadãos. Por um lado, privou-se o Estado de receitas necessárias para dar resposta às políticas sociais, por outro lado, com a decisão de privatizar os CTT, o Governo acabou por sujeitar os cidadãos à constante degradação de um serviço público, como se tem vindo a verificar dia após dia, denunciou,
No Livramento, Monte, deu o exemplo do encerramento da estação ali existente, o mais recente exemplo, a par de centenas de estações e postos, que foram sendo fechados por todo o País, com consequências gravíssimas a vários níveis.
“Foram despedidos trabalhadores, os vínculos precários aumentaram, aumentaram os percursos de cada giro de distribuição, assim como os tempos de espera para atendimento, generalizaram-se situações em que o correio deixou de ser distribuído diariamente e populações inteiras que se veem obrigadas a deslocarem-se vários quilómetros até à estação mais próxima, muitas vezes sem terem transportes ou condições para o fazer”, disse Herlanda Amado.