CMF apresenta projecto do CRIA “Living Different Culture”

O edil funchalense esteve esta manhã no Teatro Municipal Baltazar Dias, para a apresentação do projeto “Living Different Culture”, promovido pelo CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia, com o apoio da autarquia, e que será desenvolvido junto da comunidade africana do Bairro da Nazaré.

Na ocasião, decorreu também a assinatura do protocolo, no valor de 15 mil euros, entre o Município do Funchal e o CRIA, representado por Filipe Ferraz e Cristina Santinho. Miguel Gouveia explicou que o apoio “visa cumprir uma actividade de interesse municipal ao abrigo do associativismo, e que pretende trabalhar a inclusão através das artes, diminuindo as assimetrias sociais através da cultura, da música, da dança, da fotografia e do teatro.”

“Procuramos que as comunidades africanas e também ciganas saibam, e acima de tudo sintam, que são parte da nossa sociedade e que têm um papel a desempenhar no Funchal. Não existe melhor forma do que a cultura para fazer com que essas comunidades sejam presentes e activas na vida da nossa cidade”, reforçou.

O projecto, com a duração de 3 meses já está a ser desenvolvido junto comunidade africana que reside no Bairro da Nazaré. O objectivo é que estas pessoas possam frequentar o projecto, entender o seu legítimo lugar na sociedade, aprendendo a melhor articular a diversidade sociocultural com os valores de cidadania, direitos humanos, igualdade de género, combate ao racismo e à exclusão social e valorização da solidariedade.

O autarca acrescentou que “após o fim deste projecto, serão capacitados cinco artistas madeirenses para poderem dar continuidade a este trabalho de inclusão, uma área em que o Funchal tem sido reconhecido nacional e internacionalmente pelo trabalho que temos vindo a desenvolver, não só na quebra de barreiras de acessibilidade físicas, mas sobretudo na queda de barreiras cognitivas e sociais.”

As oficinas de criação e performance são formadas por 2 coordenadores antropólogos, 1 co-coordenador, 5 formadores artistas e 15 formandos da comunidade de diversos backgrounds socioculturais. Os módulos de formação incluem corpo e performance, teatro e comunidade, artes plásticas, cenografia e guarda-roupa, vídeo, fotografia e som.

O presidente lembrou ainda os princípios políticos e sociais que estão na base dos projetos de inclusão que a Câmara Municipal do Funchal tem desenvolvido nos últimos anos tanto ao nível da acessibilidade nas ruas, como nos equipamentos culturais, “a melhor forma de mostrar que somos todos iguais, é incluir também pela cultura, sendo que este mais um passo importante que damos em busca dessa tolerância.”