A Galeria Marca de Água, situada na Rua da Carreira 119, vai inaugurar uma nova mostra individual, no próximo dia 25 de Março. A nova exposição intitulada “Imersão – Fora do Tempo” da autoria do artista plástico madeirense Eduardo de Freitas, reúne mais de sete dezenas de obras de pintura e desenho e tem a curadoria da artista plástica Filipa Venâncio – que expôs “Playground” em 2019 na Marca de Água. A inauguração está agendada para às 16h00, podendo a mostra ser visitada até às 18h00 do referido dia. A exposição ficará patente ao público até 21 de Maio, refere a Marca d’Água.
Esta é a segunda exposição da temporada artística 2020/2021, que se iniciou com a exposição “Mulheres Artistas madeirenses em diálogo com Sonia Delaunay”, patente na Galeria Marca de Água até à próxima sexta-feira.
No texto de apresentação do projecto curatorial, refere-se que esta é uma exposição “Fora do Tempo”, que “nos oferece mundos intangíveis, oníricos, metafóricos. As pinturas elípticas e circulares, não se nos afiguram como janelas, mas sim como lentes ou espelhos côncavos e convexos que nos impelem para dentro ou para fora, consoante o olhar. O próprio suporte da pintura por vezes é propositadamente intervencionado no seu verso, e a pintura assume o lugar mágico de uma caixa quadrada que contém outros mundos no seu interior” escreve Filipa Venâncio.
A exposição ocupará os três andares da galeria. Eduardo de Freitas é natural da Madeira. Expõe regularmente desde 1976 e está representado nas colecções do Mudas-Museu de Arte Contemporânea da Madeira, no Museu Etnográfico da Madeira e em colecções particulares.
Pertenceu ao Grupo de Teatro do Cine Forum do Funchal de 1973 a 1975. Co-fundador da associação &arte – Produção e Divulgação Cultural (1978), da galeria Porta 33 (1991), da cooperativa cultural Espaço às Artes (2012) e da galeria Pipinoir- Expressão Criativa (2016).
Expôs individualmente no Museu de Arte Contemporânea do Funchal, no Museu Etnográfico da Madeira, Porta 33, na galeria da SRTC, na Mouraria, na Pipinoir, entre outros. Participou em exposições colectivas em Portugal continental, Açores, Espanha, Áustria e México. Integrou projectos de poesia visual: revista Filigrama (1982/84) e mais recentemente (2017/2020) o projeto Nu_Mero, apresentado na Bienal de Cerveira até Dezembro de 2020.
Realizou exposições em parceria com Isabel Santa Clara, Filipa Venâncio, Jacinto Rodrigues e João
Dionísio, entre outras personalidades; cenografias e adereços para teatro, em Lisboa e no Funchal (Comuna – Teatro de pesquisa e TEF); ilustrações para obras literárias, nomeadamente de Ana Teresa Pereira.
Recebeu o 1º prémio do concurso de artes plásticas do Festival de Música da Madeira (1991).
Recebeu o 2º prémio do concurso de artes plásticas da Casa das Mudas 2001, o prémio para cenografia (em co-autoria com Manuel Rodriguez) no Festival de Teatro de Santiago de Compostela (1995)E o 1º prémio para projeto escultórico sob o tema Amadis de Gaula, Madeira (2005). Exerce funções actualmente na Quinta Magnólia – Centro Cultural, sob tutela da Direcção Regional de Cultura.
A curadora da exposição, Filipa Venâncio é licenciada em Artes Plásticas/Pintura pelo Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira – ISAPM em 1991. Concilia o exercício na docência desde 1988, com a prática artística. Como pintora expõe regularmente desde 1987. Participou em várias exposições colectivas e em parceria, mas privilegia os projetos a solo, contando com 14 exposições individuais no seu currículo artístico.
Destacam-se: Casa da Capela, Capela da Boa Viagem, 2021; Playground na Galeria Marca de Água, 2019; A Fábrica do Açúcar de Filipa Venâncio – Testemunhos de uma indústria, no Museu de Arte Sacra do Funchal, 2018; Estilo Maison, na Sala da Delegação da Ordem dos Arquitectos da Madeira, 2015; O Lugar dos Prazeres, na Galeria dos Prazeres, 2012; Andar Modelo no Museu de Arte Contemporânea, Funchal, 2009; A Fábrica do Açúcar, na Galeria da Quinta Palmeira, 2008 e Presépio a 150 metros, na Casa das Mudas, 2007.
Pertence ao quadro da Escola Secundária Francisco Franco, desde o ano lectivo 2002/2003, fazendo parte do grupo de recrutamento 600 – Artes Visuais. Foi assistente convidada na Universidade da Madeira no Departamento de Arte e Design e no Departamento das Ciências da Educação entre 2001 e 2006.
Foi Coordenadora da Galeria de Arte Francisco Franco da ESFF, desde 2014 até 2019, onde procedeu à curadoria de várias exposições de artistas tais como: Paulo Sérgio Beju, Martinho Mendes, Andreia Nóbrega, Carla Cabral, Cristiana de Sousa, Hanamaro Chaki e Filipe Gomes. É autora de vários textos sobre o trabalho de diferentes artistas, apresentados em diversas publicações e catálogos. Encontra-se requisitada desde Setembro de 2019 na Direcção Regional da Cultura, desempenhando funções técnico – pedagógicas nos serviços educativos da Quinta Magnólia – Centro Cultural, onde participou na curadoria partilhada da exposição – Recomposição, do escultor Ricardo Veloza, em 2020.
Raquel Fraga, directora artística da Galeria Marca de Água, agradece ao artista e à curadora pela
“oportunidade de reforçar a programação da galeria tendo em vista a sensibilização para a importância de valorização da arte contemporânea e dos artistas regionais” Defendendo que, “é tarefa da arte contemporânea atuar na comunidade em que se insere”, acrescenta.