O partido “NÓS, Cidadãos!” veio hoje lamentar “1 mês e meio de espera no agendamento de reembolsos de saúde”. É um facto, diz o partido, que estamos ainda a atravessar um período difícil no contexto da pandemia da Covid-19, e a aguardar o decisivo evoluir da situação epidemiológica na RAM (com um “semi-confinamento” e recolher obrigatório depois das 19h00). Ou seja, refere, parece que o número de casos de transmissão local já atingiu o “pico” e apresenta agora uma tendência visivelmente decrescente.
“É também incontestável que neste momento a prioridade do Serviço Regional de Saúde é a luta contra a Covid-19 (e as suas 3 novas estirpes já identificadas em território nacional), mas o combate contra esta nova doença não pode afastar-nos e fazer-nos esquecer que existem outros problemas por resolver e também outras doenças que não desapareceram e que fazem vítimas diariamente”, considera-se.
O Serviço Regional de Saúde não dá resposta a todos aqueles que aí se deslocam para cuidar/tratar de enfermidades. Ainda esta semana o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, admitiu que mais 30% dos madeirenses não têm médico de família (cerca de 88 mil).
O partido diz que milhares de doentes e utentes do Serviço Regional de Saúde e do sector privado da saúde – alguns com acrescidas limitações económicas na actual conjuntura –, estão agora a ser obrigados a esperar mais de mês e meio pelo agendamento dos reembolsos de saúde, e isto apesar de existirem três locais para receber os reembolsos de despesas médicas.
“Como é entendível que o portal do IA Saúde, na internet, por vezes não realize aquilo para que foi criado? Como é concebível que o número de telefone para agendamento apenas esteja disponível 4 horas por dia (2 no período da manhã e 2 durante a tarde)? Como é aceitável que um cidadão se dirija a um dos locais para receber os reembolsos de despesas médicas (por exemplo, no Funchal), não esteja qualquer utente na fila de espera e/ou a ser atendido, e ainda assim, só porque não
agendou, não possa entrar e efectuar o processo de reembolso junto dos colaboradores do
IA Saúde?”, questiona o Nós, Cidadãos.
“A actual presidente do IA Saúde afirma que a demora se justifica com o número de funcionários em teletrabalho e a redução de horários por causa do recolher obrigatório, que agora passou para as 19h00, mas esta explicação não é inteiramente compreensível, pois muitas das vezes estão apenas 1 ou 2 colaboradores ao balcão, quando cumprindo a distância prescrita (e o espaço permite-o) poderia estar pelo menos mais um a tratar dos reembolsos dos utentes”, critica esta estrutura política.