Ver o fogo em tempo de pandemia: A quadratura do círculo ou a circulatura do quadrado!

Fotos Rui Marote

O leitor conhece a expressão “ver Braga por um canudo”. Significa não alcançar o que se deseja, querer algo e não o conseguir, ver frustradas as expectativas, ficar logrado, enganado, ludibriado.

Ora, na Madeira, quem não quiser ou não puder ver o fogo em casa, terá de ver nos espaços reservados para o efeito que podem ser um quadrado ou um círculo.

Este ano será assim, teremos de ver o fogo… não por um canudod mas por um quadrado ou um círculo.

Há um famoso programa televisivo de debate que começou por chamar-se “Quadratura do círculo” e que agora de chama “Circulatura do quadrado”.

A quadratura do círculo é um problema proposto pelos antigos geómetras gregos e que consiste em construir um quadrado com a mesma área de um dado círculo servindo-se apenas de uma régua não graduada e um compasso, num número finito de etapas.

Ora, por mais voltas que se dê, é impossível construir, somente com uma régua não graduada e um compasso, um quadrado cuja área seja rigorosamente igual à área de um determinado círculo.

Na Madeira, não há impossíveis e as Autoridades conseguiram resolver o problema da quadratura do círculo. E não é só para inglês ver. É para madeirense experimentar.

Haverá até quem tenha a sorte de ter lugar a um quadrado alcatifado.

Muitas cíticas têm surgido nas redes sociais e muitos mêmes já foram criados por causa desta opção.

Esperemos que, no que toca à COVID, não haja quadratura do círculo e que o problema tenha solução à semelhança do teorema de Pitágoras de Siracusa para outra figura geométrica, o triângulo recto: o quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos.