Fotos: Rui Marote

A objectiva atenta de Rui Marote captou hoje uma plétora de imagens do Funchal iluminado pelas luzes de Natal deste ano. Um ano atípico, sem dúvida, com muita tristeza, perdas e condicionalismos, mas pelo menos alumiado como de costume nesta quadra.

Algo que suscita as mais variadas reacções de diversos sectores. Uns que discordam com este gasto, num ano em que muitas famílias se deparam com uma bolsa depauperada para pôr, antes de mais, comida na mesa. Outras que argumentam com os empregos dos que trabalham para a empresa encarregada de engalanar a cidade. Uns que argumentam que faltam à cidade turistas para verem estas iluminações, pelo que mais valeria poupar o que se gasta nas mesmas.

Outros que justificam, não sem razão, que nem tudo o que de festivo se faz nesta terra tem de ser “para turista ver”, pois os madeirenses também merecem alguma alegria nas suas vidas. Enfim, as perspectivas são díspares, mas a opção foi esta, tal como o foi a tomada pelo Governo Regional em relação ao fogo-de-artifício, mais de um milhão de euros que explodirá nos céus do Funchal em altura de pandemia, decisão que há quem aplauda, e da qual quem ferozmente discorde.

O que é certo é que, nos tempos diferentes que hoje vivemos, as luzes acenderam-se, como previsto, a 1 de Dezembro, tal como o chefe do Executivo havia prometido. O Funchal está bonito, há inovações, como o túnel de luz criado no cais do Funchal, embora outras áreas estejam menos decoradas. O parlamento regional soube sobressair, com a iluminação aplicada. O centro da cidade refulge. Já que estão acesas as luzes, que as mesmas, e também estas imagens, captadas pelo repórter fotográfico do FN, contribuam um pouco para nos lembrar a época da “Festa”, tão acarinhada pelos locais.