A equipa da coligação “Confiança” na Câmara Municipal do Funchal veio lamentar profundamente a posição da maioria PSD, ao chumbar a proposta de Apoio ao Comércio apresentada na reunião de câmara desta semana. Estes vereadores lamentam ainda o encerramento do projecto “Viveiro de Lojas” instalado no Largo do Corpo Santo desde 2021.

A “Confiança” diz que se trata não apenas de uma falta de visão estratégica do actual executivo, mas sobretudo de um desrespeito pelo tecido empresarial da cidade do Funchal, nomeadamente os pequenos comerciantes, e que ficará no extenso cadastro da má gestão do PSD.

“A proposta de Apoio ao Comércio, meticulosamente elaborada pela Confiança, visava a implementação de um plano abrangente que incluía medidas cruciais para fortalecer o sector comercial e adaptá-lo às exigências das novas realidades económicas e sociais. Entre estas medidas, destacam-se a elaboração da Carta de Ordenamento das Actividades Comerciais, a criação do Conselho Municipal do Comércio, Restauração e Serviços, e a isenção total do pagamento de taxas de publicidade e toldos, entre outras iniciativas fundamentais”, enuncia o vereador Miguel Silva Gouveia.

É, portanto, lamentável que a maioria PSD tenha optado por rejeitar esta proposta, numa altura em que cobra valores recordes de cobranças de impostos, com 51 milhões de euros em 2023, ignorando as necessidades prementes dos comerciantes e o potencial de crescimento económico que poderia resultar de uma estratégia tão abrangente e bem fundamentada, defende a “Confiança”.

Além do chumbo do Apoio ao Comércio, a decisão de encerrar o projecto “Viveiro de Lojas”, criado pela Confiança em 2021 na Zona Velha da Cidade, é “um golpe devastador para os empreendedores locais”.

“Este projecto inovador, que serviu como uma incubadora para novas marcas e negócios, proporcionou oportunidades únicas para os empreendedores testarem os seus produtos sem os encargos financeiros usualmente associados à abertura de um espaço próprio. O encerramento prematuro deste projecto, que apoiou 27 Marcas Regionais ao longo dos seus 3 anos de existência, é um claro retrocesso para a vitalidade económica e criativa da nossa cidade”, considera a oposição na CMF.

A equipa da Confiança na Câmara Municipal do Funchal reitera, no entanto, o seu compromisso com o desenvolvimento económico e social da urbe e promete continuar a lutar pelos interesses dos comerciantes e empreendedores locais.

“É imperativo que a gestão municipal dê prioridades às políticas que promovam o crescimento sustentável e o bem-estar da nossa comunidade, em vez de se envolver em estratégias partidárias direccionadas para um pequeno grupo e que prejudicam o progresso e a prosperidade do Funchal”, refere uma nota.