Comando Operacional da Madeira inaugura em Julho Centro de Operações

Uma nota do Comando Operacional da Madeira dá conta de que desde há algumas semanas, está a ser executada a primeira fase da transformação infraestrutural e tecnológica do Centro de Operações do dito Comando. Uma mudança que visa, entre outros aspectos, “compilar e conhecer o panorama operacional marítimo, terrestre e aéreo que envolve o Arquipélago da Madeira, não esquecendo o ciberespaço, instalar novas capacidades de comando e controlo, incluindo um sistema de apoio à decisão de duplo uso, que satisfaça as necessidades militares e permita, simultaneamente, dar resposta a emergências civis, trocar informação, em tempo real, com os comandos e unidades militares sediados na Região Autónoma da Madeira”. Por outro lado, refere-se, pretende operacionalizar uma ligação permanente ao Centro de Operações Conjunto, em Oeiras, e ao Centro de Operações do Comando Operacional dos Açores, para partilha de panoramas situacionais e outra informação de natureza operacional.

Os trabalhos de construção civil que incluem a preparação da sala para receber os meios humanos e materiais, devem estar concluídos em meados de Julho.

O centro ficará apetrechado com duas salas, uma de operações, com cerca de 90 m2, e outra de supervisão, com cerca de 40 m2, preparadas para receber em permanência, 24 horas por dia, 7 dias por semana, os militares de serviço. No total, poderão estar em funcionamento 30 estações de trabalho em simultâneo, estando contemplada a possibilidade da presença de representantes das Forças e Serviços de Segurança e de outros Serviços sediados na RAM, tal como o Serviço Regional de Protecção Civil, para situações em que do contacto directo e imediato entre agências decorram benefícios para todos os intervenientes e, consequentemente, para o sucesso das operações.

A instalação dos novos sistemas permitirá, ainda, com o apoio do Estado-Maior General das Forças Armadas e dos três Ramos, Marinha, Exército e Força Aérea, implementar uma capacidade inicial conjunta de vigilância por meios aéreos não tripulados e a capacidade de ciberdefesa, refere o Comando Operacional.

“Restabelecer a autonomia estratégica das comunicações, com a implementação da capacidade de comunicações em HF para assegurar a ligação na RAM e desta com o Continente e os Açores, em caso de colapso dos sistemas de comunicações fixas, móveis ou satélite, é outra das metas, conforme fora anunciado no Plano Estratégico 2020, apresentando no final de 2019 pelo Contra-Almirante João Dores Aresta, actual Comandante Operacional da Madeira, e aprovado pelo Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro”, salienta-se na nota enviada às Redacções.