O vice presidente do Governo Regional não poupou o Estado na sua intervenção, hoje, na Assembleia Regional, no âmbito da discussão sobre as ajudas da República à Madeira em contexto das consequências das medidas de contenção da Covid-19.
Pedro Calado diz que a Região está há dois meses à espera de respostas e estas têm sido “mudas e surdas”. Lembra que “a Madeira solicitou, há dois meses, a adoção de medidas no sentido de acudir aos meios necessários e excecionais, mas Lisboa ignorou o apelo dos madeirenses e portosantenses para fazer face a problemas de tesouraria das empresas e às famílias”. A isto, zero respostas.
O governante lembrou as reivindicações da Região, designadamente a suspensão da Lei de Finanças Regionais, a moratória do capital e juros, das prestações do endividamento do PAEF no valor de 96 milhões de eurose a possibilidade de endividamento da Região, foram pedidos que tiveram como resposta o silêncio.
Perante a crise mais grave “o estado centralista ignora o que pode custar a vida de muitas empresas. Não há dinheiro mas há 850 milhões de euros para recpaitalizar um Banco. Não há dinheiro mas há mais de 3 milhões em prejuízos da TAP. E isto acontece com a cumplicidade da oposição regional, em especial o Partido Socialista, que tudo tem feito para disfarçar e desculpabilizar esta irresponsabilidade”.
Calado promete que a Região “irá até às últimas consequências para fazer valer os seus direitos”. Diz que “não vamos ficar calados com atitudes de políticas baratas”.