O outro lado da pandemia! História real: O que acontece a quem mente na pré-triagem das urgências?

A história que lhe vamos contar é real. Aconteceu ontem à noite/esta madrugada num dos centros de saúde que, por esta altura da pandemia, está a funcionar na Madeira 24 horas/dia.

Estão é assim: Ontem à noite, por volta das 20 horas, uma idosa com mais de 90 anos que já tinha estado a semana passada na urgência (26 de março), dirigiu-se de novo a um serviço de urgência de um centro de saúde acompanhada de um seu filho, maior.

No serviço de pré-triagem, a utente, via seu filho, foi questionada para despistar se se tratava de uma doente que deveria ser encaminhada para o procedimento COVID-19 ou para a urgência comum.

Da bateria de perguntas que foram feitas, a utente, pelo boca do seu filho, respondeu negativamente às questões relacionadas com viagens ao exterior da Região, contactos suspeitos com doentes COVID ou contactos com pessoas que tenham chegado nos últimos tempos do exterior da Região. Feita a pré-triagem, a utente teve luz verde para entrar na urgência comum.

Horas depois, por volta das 23 horas, já no interior do serviço de urgência, veio a descobrir-se que, afinal, a utente tinha tido contacto, recentemente, com um jovem estudante vindo de Coimbra. As “campaínhas” acenderam e, a partir desse momento, a utente passou a ser suepeita COVID. Os Bombeiros foram chamados e a utente foi transportada para o Hospital do Funchal com todos os procedimentos COVID. O envio foi feito por volta da 1h30 da madrugada.

O problema é que -não sabemos se deliberada, livre e conscientemente- foram omitidos factos pelo familiar na pré-triagem o que colocou em perigo, por um bom par de horas, todos os profissionais de saúde. Aliás, segundo soubemos, uma enfermeira que esteve em contacto com a utente idosa, teve de aguardar na ambulância, até esta manhã, para saber se o teste à utente era positivo ou negativo.

Fica aqui o alerta do Funchal Notícias: Os utentes devem ser verdadeiros, não omiterem factos porque, na ânsia de resolver o seu problema, estão a criar um problema ainda maior! E já agora, não se dirija a um serviço de urgências se lhe doer um dente, se tiver comichão na pele ou uma unha a doer. Pense que há urgências mais urgentes do que a sua!

Resposta à pergunta que faz o título desta notícia: Nada! Até um dia! Um dia em que não haja queixa-crime ou consequências de maior.