Fotos: Rui Marote
Este Natal, verificou-se, como é sabido, não o milagre da multiplicação do pão e dos peixes, mas das barracas para o comércio durante a época natalícia, que inclusive opôs Governo Regional e Câmara Municipal do Funchal numa guerra inglória. Hoje, na Praça do Povo, era notória a construção das dezenas de barraquinhas pelas quais o GR pagou a uma serralharia na Calheta 66 mil euros acrescidos de IVA, conforme dá hoje conta um matutino madeirense.
O bem de uns é o mal de outros, e sabe-se que muitos comerciantes estabelecidos durante todo o ano em restaurantes e cafés convencionais não veem com bons olhos este comércio “ambulatório” das festas. Do outro lado há quem defenda o direito a esta actividade. Muito bem. Entretanto, o que é certo é que, do ponto de vista estético, a proliferação das barracas na Praça do Povo mais parece, segundo alguns, a edificação de um bairro da lata num qualquer país africano do Terceiro Mundo.