- Ambas as expressões existem na nossa língua, todavia com significados diferentes.
- A expressão “copo de água” é um caso de metonímia que consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
- No caso de “copo de água”, emprega-se o continente (cristal, vidro, plástico) pelo conteúdo (água), não se trata, portanto, de um copo feito de água, definindo-se a medida, não o material.
- Segundo o uso, um “copo de água” é um copo cheio de água, a preposição “de” exprime, neste contexto, totalidade, plenitude.
A expressão “copo com água” pode ter duas aceções:
- Copo que contém água e não qualquer outro líquido;
- Copo com alguma água.
Assim, quando queremos água ou qualquer um dos conteúdos a seguir discriminados, devemos pedir:
- Um copo de água e não
um copo com água; - Uma chávena de chá e não
uma chávena com chá; - Um cálice de licor e não
um cálice com licor; - Uma garrafa/ um copo de cerveja e não
uma garrafa com cerveja…
O mesmo procedimento é aplicado a outras expressões, tais como:
Caixa de fósforos;
Copo de sumo;
Frasco de perfume;
Barrica de azeite;
Pipa de vinho…
Privilegia-se, assim, não o material, mas sim o conteúdo.
E quanto à expressão “copo d’água”?
Esta expressão, em Portugal, aplica-se a uma festa de casamento ou batizado, a atos solenes.
Ex.: O espaço reservado para o copo d’água do meu afilhado é o Garden Hotel.