O professor e presidente da Associação de Investigação Científica do Atlântico (AICA), João Lemos foi hoje ao pólo do Curral das Freiras da Escola Básica com Pré-Escolar de Santo António e Curral das Freiras falar sobre “O turismo como factor de desenvolvimento das áreas rurais”.
A iniciativa partiu do Curso Profissional de Técnico de Turismo Ambiental e Rural e envolveu, também, o CEF de Informática.
Ao longo da palestra, João Lemos falou dos mais recentes indicadores estatísticos do turismo que apontam para uma diminuição da entrada de turistas na Região em 2018.
O professor deixou várias sugestões para dinamizar e diferenciar o destino turístico, na Madeira, entre elas a aposta no agroturismo e no turismo de montanha.
Defendeu uma maior aposta no turismo cultural, no turismo de experiência e na valorização daquilo que é nosso. Aliás, sugeriu que, quem de direito, deve editar, anualmente, uma revista com oferta de conteúdos sobre o nosso património, desde o natural (por exemplo a laurissilva), ao edificado.
É que, constatou, os turistas adoram as nossas paisagens, as nossas levadas, mas ignoram todo o património que está por detrás dessas realidades. Por exemplo, as espécies vegetais e animais da laurissilva.
Sobre a tendência da moda, o Alojamento Local (AL) -já são mais de 11 mil na Região-, criticou o licenciamento de unidades, e até de quartos, em zonas e prédios de habitação colectiva.
Teceu reparos à grande obra que está a ser feita no planalto do Paul da Serra.
Criticou, igualmente, a mais recente decisão do Governo Regional de (re)construir a lota numa zona nobre do porto do Funchal que deveria ser requalificada para colocá-la ao serviço do turismo (uma espécie de “docas” turísticas) em vez de receber peixe.
Para João Lemos, a lota deveria ser deslocalizada para Câmara de Lobos (é lá a zona piscatória e não o Funchal), ficando o porto do Funchal vocacionado para a actividade turística.