António Trindade foi ao Hospital dos Marmeleiros e não gostou do que viu

Degradação do Hospital dos Marmeleiros.

O empresário António Trindade foi esta tarde ao Hospital dos Marmeleiros, no Funchal, e não gostou do que viu. Por isso partilhou esta reflexão no seu mural do facebook:

“A sair do Hospital dos Marmeleiros, onde tenho ido visitar o meu irmão, num estado de saúde muito debilitado, não consigo deixar de manifestar,neste meu espaço, o sentimento de revolta e de desolação perante o que se me apresenta. Perante a devoção de uma classe médica e de enfermagem, a quem presto toda a minha homenagem, o estado de tão grande deterioração de um edifício (exteriores, interiores, paredes, portas, soalhos, equipamentos, etc) que sobre-lotado, não pode fazer mminimamente face a algo que se possa considerar , como resposta digna às necessidades de uma população debilitada e muitas vezes desesperada.
Gerir é e muito, definir prioridades e perante uma Região com uma pirâmide etária invertida, as da saúde terão de assumir um lugar primeiro.
Não basta falar num novo Hospital público, que, na melhor das hipóteses, estará operacional dentro de 6 ou 7 ou 8 anos. O que fazer com os doentes que nestes próximos tempos não têm qualquer oportunidade de recorrer ao serviço privado de saúde ? É que, por aquilo que vi, o estado de degradação só pode piorar e a um ritmo incalculável. e isto sem referir o deficit de Pessoas e de medicamentos. Quando abro um jornal e vejo notícias , não só sobre os resultados dos loucos investimentos públicos, mas também sobre tantas manifestações de lazer e desportivas e outras ditas festas culturais, fortemente subsidiadas para servir interesses de “pequenos poderes”, pergunto-me se quem gere o Poder, tem consciência tranquila sobre as prioridades que assume.
Em termos privados e empresariais, farei o meu possível para poder colaborar nalguma redução destes “males”, com a consciência de que, o que pessoal e empresarialmente pago em termos de impostos, me permite ser crítico em relação à política seguida por aqueles que gerem “o dinheiro dos outros”.