Aeronave que esteve na origem do incidente no Aeroporto da Madeira estava a descolar e avião da TAP foi aconselhado a “abortar” aterragem

aeroporto B

O avião privado que ontem protagonizou um incidente no Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo, não cumprindo as indicações da Torre de Controlo, o que levou a “abortar” a aterragem do TAP 1687 que fazia o voo Lisboa-Funchal, ao final da tarde, estava a descolar e não se encontrava imobilizado na pista.

Recorde-se que o avião da transportadora aérea portuguesa fez a aproximação à pista, no sentido Machico-Santa Cruz, mas de acordo com aquilo que o comandante transmitiu aos passageitos, a presença de uma aeronave “não autorizada”, obrigou a que a aterragam fosse “abortada”, sendo que a mesma ocorreu poucos minutos depois sem sobressaltos, além do natural susto que a situação provocou. Um passageiro teve que ser assistido, mas sem gravidade.

A informação que a pequena aeronave, privada, estava a descolar e não imobilizada na pista, foi dada ao Funchal Notícias pelos serviços de comunicação da NAV, a empresa que gere o controlo aéreo nos aeroportos portugueses, explicando os motivos que levaram, como refere, “o voo TAP 1687 a descontinuar a aproximação à pista 23”.

A NAV Portugal revela que “a tripulação do TP 1687 foi instruída pela Torre de Controlo da Madeira para descontinuar a aproximação à Pista 23 do Aeroporto da Madeira porque a aeronave ligeira, entretanto descolada, e não imobilizada na pista como tem sido relatado,  não estava, aparentemente, a cumprir uma instrução que lhe fora fornecida pelos serviços de controlo de tráfego aéreo, o que, no limite, poderia vir a consubstanciar uma perda da separação mínima entre aeronaves nos termos regulamentados”.

Diz a empresa que se tratou de “uma instrução perfeitamente normal e cujo objetivo foi a garantia da segurança operacional”, fazendo qustão de deixar claro que  “a NAV Portugal pauta a sua conduta pelo rigor e profissionalismo na garantia da segurança de pessoas e bens”.

A empresa tem a sua atividade no Continente e nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Junto ao Aeroporto de Lisboa está situada a sede, o Centro de Controlo de Tráfego Aéreo de Lisboa e o Centro de Formação. Na Região Autónoma dos Açores, na ilha de Santa Maria, está situado o Centro de Controlo Oceânico. Para além destes dois Centros, como podemos observar no site oficial, a NAV Portugal tem ainda outras infraestruturas com Serviços de Tráfego Aéreo a funcionar nas Torres de Controlo de Lisboa, Cascais, Porto, Faro, Funchal, Porto Santo, Santa Maria, Ponta Delgada, Horta e Flores. “Para a plena concretização da sua missão de Controlo de Tráfego Aéreo a NAV Portugal possui um vasto conjunto de equipamentos e instalações técnicas (estações radar, rádioajudas e comunicações) em vários pontos do Continente e Regiões Autónomas”, pode ler-se ainda.