CDS/PP M propõe na Assembleia Regional um voto de congratulação pelas nomeações do padre Tolentino Mendonça

Lopes da Fonseca CDS líder 2018
Lopes da Fonseca anuncia um voto de congratulação, na ALRAM, ao padre Tolentino Mendonça.

“A Cultura faz-nos viajar à raiz arquitetural da pessoa, àquilo que constitui o núcleo fundante da sua aventura existencial, mas também nos permite interrogar e iluminar o seu horizonte de sentido”, escreveu o padre José Tolentino Mendonça depois de ter tomado conhecimento da nomeação do Papa Francisco para dirigir o Arquivo Secreto do Vaticano e a Biblioteca Apostólica, elevando-o ainda à dignidade de arcebispo, cargos nos quais será empossado a 1 de setembro.

Esta nota introdutória foi escrita pelo líder do CDS/PP Madeira, Lopes da Fonseca, para dar a conhecer a apresentação, na Assembleia Legislativa Regional, de um voto de congratulação pelas nomeações do Papa ao padre madeirense.

Lopes da Fonseca refere que “toda a Igreja portuguesa e muito em particular a Diocese da Região orgulha-se das novas missões confiadas pelo Papa Francisco ao padre natural da Madeira, José Tolentino Mendonça, figura que se tem vindo a afirmar de forma paulatina no meio eclesiástico, quer em Portugal quer no Vaticano. Já este ano havia sido convidado para orientar o retiro anual de Quaresma do Papa Francisco e da Cúria Romana”.

Diz o CDS/PP M que “no depoimento escrito para a Agência Ecclésia, José Tolentino Mendonça sublinha que a sua missão como “Arquivista e Bibliotecário da Santa Igreja Romana” se insere numa tradição papal de “conservar num arquivo próprio a memória dos mártires e a gesta dos pastores, bem como os livros que asseguravam a atividade litúrgica e as necessidades administrativas da comunidade eclesial”.

O novo arcebispo e colaborador do Papa afirma que a Cultura é uma das “fronteiras proféticas” para o catolicismo de todos os tempos e, “de um modo talvez ainda mais incisivo, para o catolicismo contemporâneo”.

“A cultura documenta o que somos, é verdade. Mas espelha e potencia as grandes buscas interiores, o contacto com as grandes perguntas, a vizinhança das razões maiores que funcionam como patamares do caminho a que a nossa humanidade vai chegando, a proximidade daquele vastíssimo e inconsútil silêncio que, porventura ainda melhor do que a palavra, exprime em nós o mistério do Ser”, acrescenta.

“O arquivo e a biblioteca são assim lugares referenciais da memória específica do cristianismo, mas também da cultura universal; são espaços de ciência e de construção de pensamento, procurados por investigadores de todo o mundo que ali encontram o rastro da história e a capacidade que esta tem de iluminar o presente; são grandes repositórios daquela beleza capaz de ferir de infinito o coração humano”.