Funchal investe 1 milhão para ajudar famílias carenciadas a fazerem recolha seletiva

CMF recolha seletiva
Serão entregues gratuitamente, aos agregados familiares com menores possibilidades, um total de 1.180 ecopontos domésticos”.

Câmara Municipal do Funchal acaba de ver aprovada mais uma candidatura ao POSEUR, que “virá reforçar a recolha seletiva de resíduos de embalagem no concelho, bem como o tratamento de resíduos orgânicos, nomeadamente junto de famílias carenciadas, numa iniciativa com repercussões marcantes, tanto em termos da taxa de recolha seletiva do concelho, como no que respeita à edução ambiental e à inclusão de famílias com menores recursos financeiros, numa estratégia que é central para este Executivo”, enaltece Idalina Perestrelo, Vereadora do Ambiente na Autarquia. O valor total do investimento ascende a 998.965,55 euros, sendo cofinanciado em 85% pelo POSEUR. O Município tem 24 meses para implementar as várias ações.

A candidatura agora aprovada assenta em três bases, sendo que a primeira passa pelo reforço de contentores subterrâneos para deposição seletiva de resíduos sólidos no Município, as chamadas “Ilhas Ecológicas” ou “Ilhas Verdes”, por forma a promover a reciclagem de uma maneira cada vez mais equilibrada no espaço urbano. Somando os dois projetos que o Funchal tem em andamento nesse sentido, a cidade passará a ter 18 “Ilhas Ecológicas” este ano.

A grande novidade do projeto é, contudo, “a sua orientação para a população mais carenciada, no sentido de ajudá-la a fazer este tipo de recolha, não só com a atribuição de ecopontos domésticos, alargando o sistema porta-a-porta, que é uma das referências do Município, mas diminuindo, igualmente, a percentagem de resíduos indiferenciados presentes nos resíduos sólidos urbanos, através da promoção da compostagem doméstica de resíduos orgânicos”, explica a autarca. “Serão, assim, entregues gratuitamente, aos agregados familiares com menores possibilidades, um total de 1.180 ecopontos domésticos”, isto é, conjuntos de três contentores (papelões, embalões e vidrões), de 50 ou 120 litros de capacidade, “que vão permitir alargar o sistema de recolha porta-a-porta, potenciando a plena adesão destes munícipes à separação de resíduos, o que vai assegurar um aumento da quantidade de resíduos preparados para reutilização e reciclagem no Município do Funchal”, destaca Idalina Perestrelo.

Para os agregados familiares que possuem habitações com jardins ou hortas, o Departamento de Ambiente da Câmara do Funchal avançará, por sua vez, “com a distribuição gratuita de 4.000 compostores, para deposição seletiva de resíduos orgânicos. É uma iniciativa que será complementada por uma componente de formação muito importante, através da qual será possível dotar os agregados familiares de conhecimentos básicos acerca do processo de compostagem. Todas as iniciativas do nosso Departamento de Ambiente têm tido, de resto, esta preocupação de inovar, envolvendo, ao mesmo tempo, a população em todo o processo”, destacou a Vereadora.

Idalina Perestrelo acrescenta, por fim, que esta aposta inédita na compostagem doméstica “também irá permitir a valorização dos resíduos orgânicos sob a forma de fertilizante natural, se usado nas hortas, em substituição dos habituais fertilizantes de síntese.” Para além dos benefícios ambientais, a iniciativa contribuirá decisivamente para a redução dos custos de gestão de resíduos no concelho, nomeadamente para a diminuição das despesas de incineração de resíduos indiferenciados. “Acreditamos que a distribuição gratuita destes equipamentos vai reduzir de forma substancial a produção de resíduos sólidos urbanos no concelho do Funchal”, conclui a autarca.