Escolas da Madeira com falta de professores, denuncia o Sindicato que aponta consequências para os alunos

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A falta de professores, na Madeira, é transversal a toda a Região e aos diferentes graus de ensino.

O Sindicato dos Professores da Madeira vai transmitir amanhã, na reunião marcada com o secretário regional da Educação, a sua preocupação sobre vários problemas com que se têm debatido as escolas e os docentes neste primeiro mês de aulas do novo ano letivo. A falta de professores está na linha da frente. Com prejuízo óbvio para os alunos.

Esta questão será colocada em cima da mesa quando a representação sindical der a conhecer a Jorge Carvalho a sua apreensão pelo atual estado de coisas, sublinhando que muitos dos problemas “têm vindo a repetir-se ao longo dos anos anteriores, permanecendo sem respostas eficazes”.

Francisco Oliveira, coordenador do SPM, revela ao Funchal Notícias que segundo levantamento levado a efeito pelo sindicato, constata-se que “o problema da falta de professores é transversal, a toda a Região e a todos os graus de ensino, desde o primeiro ciclo ao ensino secundário. Há uma falta generalizada de professores”.

Para aquele responsável sindical, a secretaria regional da Educação procedeu “a algumas contratações e o ano letivo até teve início com a situação mais ou menos composta. Só que, depois disso, aconteceram situações, como por exemplo a eleição de vários professores para orgãos autárquicos, sendo que o Governo resolveu o problema redistribuindo os horários desses professores por outros que já tinham horário completo, o que tem como consequência uma sobrecarga de horários que não corresponde minimamente à capacidade de resposta dos docentes tendo em vista a qualidade de prestação de serviço em matéria de ação educativa”.

Francisco Oliveira diz mesmo que “a solução para o problema que hoje se verifica com a falta de professores nas escolas da Madeira passa pela contratação de mais docentes”, posição que será amanhã transmitida a Jorge Carvalho, como forma de garantir que não há prejuízo para os alunos e assegurar a qualidade de ensino. “É importante evitar a sobrecarga de trabalho para os professores e muita gente pensa que o trabalho do professor é apenas dar aulas, quando na realidade é muito mais do que isso. Se já passam grande parte dos seus dias nas escolas, com aulas correspondentes aos seus horários e ainda aquelas que são redistribuídas de outros professores que entretanto deixaram de exercer, além da correção de testes, então os níveis de exaustão serão grandes e, nesse contexto, o ensino fica a perder”.

Depois da reunião com o secretário, o Sindicato dos Professores agendou uma conferência de imprensa para as 13 horas na Placa Central.