Jardim ignora mudanças na Madeira e escreve sobre “Frentes para as novas Repúblicas”

 

Jardim diz que solução a Passos Coelho não pode passar pelas "carinhas habituais"

O ex-presidente do Governo Regional passa ao lado das muitas e controversas mudanças do Governo Regional que estão a dar que falar. Alberto João Jardim prefere opinar, via Facebook e com artigo enviado à comunicação social, sobre o sistema político que dominou este ano.

“Pelo menos 2016 foi uma bofetada no “politicamente correcto”, no “pensamento único”, no esclerosado consenso burguês dos sistemas políticos ditos “democráticos”, embora partidocráticos sob domínio das oligarquias financeiras e de vários segmentos maçónicos.
Pelo menos, em 2016, começou o Povo a perceber que pode de facto assumir a soberania através do desprezo pela controlada opinião publicada e do desprezo pela opinião orientada pelas “estrelas” mediáticas. Através de começar a pensar pela Sua cabeça e fazer Sua a Vontade, não se atordoando, nem enganando, pelos “spots” – pequenas mensagens e propostas – que a massificação multiplica permanentemente.
Desde a “esquerda” burguesa à “direita” colaboracionista, este ano de 2016 todos estremeceram com os primeiros murros no estômago, a lhes estragar a digestão do que lucram nos seus consensos para dominar a Europa, o mundo e cada País, a Madeira inclusive, claro, atolando os povos na ignorância propositadamente provocada e nas dificuldades económicas que visam aumentar graus de dependência.
Os sistemas políticos vigentes sob capa “democrática”, em 2016 dão sinais fortes de saturação, abrem uma clareira de Esperança para os que com eles não pactuamos, mas desafiam-nos e obrigam-nos a pensar coisas novas, sobretudo a actuarmos em coerência.
Porque se os povos ficam à espera ou copiam a actual pratica de conformismo das ainda tradicionais Instituições que durante séculos fizeram a História, arriscam-se a que a dialéctica político-social, imparável, se encarregue de só mais adiante destruir a putrefação dos sistemas vigentes. Mas, já aí com a classe média de rastos e com o desespero a secundarizar os Valores. Com as soluções a serem encontradas predominantemente nos radicalismos de direita ou de esquerda, estes fortalecidos pelo normal correr dos presentes estados de coisas.
Derrotar os actuais sistemas políticos vigentes, travando simultaneamente as externas direitas e esquerda, passa por três tempos.
Primeiro, o de uma opção pessoal. Cada Mulher e cada Homem assumir que é hora de mudança, antes que uma insuportável ultrapassagem dos limites a que se chegou, nos faça perder o que ainda resta dos Direitos, Liberdades e Garantias conquistadas.
Segundo, em cada país, a constituição de uma Frente para uma Nova República (FNR), que aglutine todos aqueles que não se revejam nos actuais sistemas políticos, mas também não aceitem a respectiva evolução para sistemas de extrema direita ou comunistas.
Uma FNR de Oposição ao sistema contestado que esteja em vigor, portanto de oposição todos os respectivos partidos, da extrema-direita à extrema-esquerda.
Institucionalizada em termos de tanto subverter como ganhar os sistemas políticos esclerosados.
  O terceiro tempo será para, uma vez conseguida a alteração democrática dos sistemas políticos dolosamente vigentes, a Frente que é esta FNR se desdobrar livre e partidariamente nas novas correntes ideologicamente diversas que a normalização democrática e a soberania do Povo logicamente facultarão.