Conforme o FN já oportunamente noticiou ao divulgar a temporada, a Orquestra Clássica da Madeira apresenta-se na próxima sexta-feira, dia 18 de Novembro, pelas 21h30, na Sé Catedral do Funchal, num com entrada gratuita que merece, a todos os títulos, a atenção do público – já que será uma oportunidade para assistir à interpretação do magnífico ‘Requiem’ de Mozart.
Também constante do programa está o coral ‘Hino à Alegria’ de Beethoven, constante da 9ª Sinfonia daquele compositor, com letra do famoso escritor Friedrich Schiller. Numa parceria com o Coro Sinfónico Inês de Castro de Coimbra, este concerto marca também a estreia do maestro Artur Pinho Maria com a orquestra madeirense. No concerto participam ainda os solistas Mariana Pimenta, Cátia Moreso, Alberto Sousa e Ricardo Panela.
Este é o primeiro concerto do”Ciclo Grandes Obras”, que apresenta duas incontestáveis obras-primas da história da musica ocidental.
Este concerto serve também de homenagem às vítimas dos incêndios de Agosto de 2016, sendo de cariz solidário. A OCM apela, pois, à generosidade de todos os presentes, pedindo-lhes que deixem um donativo num envelope que será distribuído à entrada.
A recepção do donativo será feita no fim do concerto, por pessoas devidamente acreditadas pela Associação Notas e Sinfonias Atlânticas, que gere a OCM, e pela Delegação Regional da Cruz Vermelha Portuguesa, entidade que irá gerir a sua aplicação.
Coro Sinfónico Inês de Castro
O Coro Sinfónico Inês de Castro (CSIC) é o único coro sinfónico residente, da cidade de Coimbra. Sob a regência e direção artística do maestro Artur Pinho Maria, dispõe no seu conselho artístico de quatro ensaiadores de naipe – Leonor Barbosa de Melo (soprano), Inês Santos (soprano), Ricardo Vicente (tenor) e Rodrigo Carvalho (baixo).
O CSIC iniciou a sua atividade em 2012, chamando a si o título de “ primeiro coro do mundo a cantar com recurso a tablets”, na sua estreia ocorrida no dia 3 de Outubro de 2012, no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, no âmbito de uma parceria com a Samsung Portugal, onde as habituais partituras em papel foram substituídas por suportes digitais em tablets.
O CSIC tem vindo a apresentar-se, em vários pontos do país, Espanha e EUA. Do seu reportório fazem parte algumas das mais emblemáticas obras da História da Música Ocidental tais como: o Requiem, de W. A. Mozart, a Petite Messe solennelle, de G. Rossini, a Nona sinfonia, de Beethoven a Oratória de Natal, de J. S. Bach, e diversos coros de óperas de Verdi, constam ainda da música portuguesa, Requiem à memória de Camões, de J. D. Bomtempo, o Magnificat em talha dourada e as Cinco Peças de Carácter do Ciclo Inesiano, ambas de Eurico Carrapatoso, o Requiem Inês de Castro, de Pedro Macedo Camacho e ainda a Cantata Gnóstica de Jorge Salgueiro. Estas duas últimas obras foram levadas a palco pelo CSIC, em estreia absoluta.
O Coro Sinfónico Inês de Castro foi selecionado, em 2015, pela Distinguished Concerts International New York (DCINY) para representar Portugal na categoria de Coros Sinfónicos, num concerto realizado no dia 7 de março de 2016, na emblemática sala de espetáculos “Carnegie Hall” em Midtown Manhattan, na cidade de Nova Iorque.
O Ciclo de Requiem – Coimbra, que completou em 2016 a sua 4ªedição, e o Ciclo de Natal, com inicio em 2015, são duas das iniciativas Coro Sinfónico Inês de Castro, cuja proposta visa contribuir para o desenvolvimento e divulgação da música coral sinfónica.
Em 2016 é lançado o primeiro CD/DVD com interpretação do Requiem a Inês de Castro de Pedro Macedo Camacho, gravado ao vivo na Sé Velha de Coimbra.
O CSIC foi também dirigido por maestros de reconhecido mérito tais como José Maria Moreno, José Ferreira Lobo, Cesário Costa, Jorge Salgueiro e Rodrigo Carvalho
Maestro Convidado *Artur Pinho Maria
Licenciado em Direcção Musical pelo Conservatório Superior de Música de Gaia, sob a orientação do Maestro Mário Mateus, estudou com Anton de Beer, Edgar Saramago, John Roos, Vianey da Cruz, Jean-Marc Burfin, Peppe Prates, Vasco Pearce de Azevedo, José Luís Borges Coelho, Ivo Cruz, António Vassalo Lourenço e Ernst Schelle.
É maestro titular e diretor artístico do Coro Sinfónico Inês de Castro, do Coro do Porto de Aveiro, do Orfeão de Vale de Cambra, do Orfeão do Paraíso Social de Aguada de Baixo e do Orfeon Académico de Coimbra orientando ainda diversos cursos de diredção coral e masterclass de técnica vocal.
Foi diredtor artístico e maestro titular da Orquestra Clássica do Centro, de coros académicos e de coros regionais tendo ainda como maestro convidado, dirigido a Orquestra da Universidade do Minho, Orquestra Filarmonia das Beiras, a Orquestra do Norte, a Orquestra op. 21, a Orquestra Espoarte, a Orquestra Clássica do Centro, a Orquestra Filarmonia de Gaia e a Orquestra da Fundação Conservatório Regional de Gaia.
Desde 2012 tem dirigido a Orquestra do Norte com regularidade.
Das gravações editadas, destaca-se a primeira gravação integral dos cadernos I e II de “Fernando Lopes Graça – Canções Regionais Portuguesas” (2007).
É fundador e presidente da Associação Ecos do Passado.
Estuda direcção de Orquestra, na Escola de diredção de Orquestra e Banda, Maestro Navarro Lara.
Desde 2014 é assistente convidado do departamento de música da Universidade do Minho.
Soprano madeirense Mariana Pimenta
Mariana nasceu na ilha da Madeira, Portugal. Iniciou a sua actividade musical na actual Direcção de Serviços de Educação Artística e Multimédia, no coro Infantil, dirigido por Zélia Gomes. Prosseguiu a sua formação em canto, frequentando o curso Profissional do Conservatório Escola Profissional das Artes da Madeira.
Após concluir a Licenciatura em canto e o Mestrado em Educação de Música, na Universidade de Aveiro, onde estudou na classe de canto de António Salgado e Joaquina Ly, Mariana continuou a sua formação no Conservatório Real de Haia, na Holanda, especializando-se em canto na Música Antiga. Aqui estudou com Jill Feldman, Maria Acda Maas, Michael Chance e Peter Kooij, terminando o mestrado em Canto na Música Antiga com nota máxima e distinção.
Como solista, Mariana tem vindo a cantar oratória de compositores diversos, como G. F. Händel, J. D. Zelenka, J. A. Hasse, J.S. Bach, N. Jommelli, J. B. Lully, M. A. Charpentier, D. Buxtehude, A. Vivaldi, J. Gilles, e G. Fauré.
Na Ópera, Mariana terá a sua estreia no papel de Teofane, da ópera Ottone, composta por Händel, com a companhia Concerto Valiante. Anteriormente trabalhou com a companhia de ópera Opera2Day, na produção Mariken in de tuin der Lusten, composta por Calliope Tsoupaki, onde cantou com o ensemble Capella Amsterdam e também foi suplente de dois papéis nesta ópera.
Mariana trabalha com alguma regularidade na ilha da Madeira, onde cantou com a Orquestra Clássica da Madeira árias de ópera do século XIX e XX, teve recitais a solo com as pianistas Honor O’Hea e Aniko Harangi, cantou com a Orquestra de Bandolins da Madeira, e foi solista de um concerto integrante no Festival de Órgão da Madeira, com a organista portuguesa Edite Rocha.
Actualmente, Mariana é membro solista do ensemble La Banda Ariosa, liderado por Susanne Herre, onde canta árias de ópera italianas do século XVIII, antes raramente tocadas. Na sala de concerto Tivoli Vredenburg, em Utrecht, cantou canções de Mozart com o Pianofortista Rogério Rodrigues, como pré-concerto do pianofortista Bart van Oort.
Como trabalho em ensemble, foi membro do Vocal Ensemble, dirigido por Vasco Negreiros, com quem cantou nos Dias da Música do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Joanna Musica, dirigido por Mário Trilha, Musica Temprana, dirigido por Adrián van der Spoel, com quem gravou o último CD Missa Criolla, e também Dieci Voci, dirigido por Michael Chance.
Como coralista é membro freelance do Coro da Rádio da Holanda, cantando com regularidade no Concertgebouw em Amesterdão.
Mariana foi dirigida por maestros tais como Gustavo Dudamel, Markus Stenz, Martin André, Christophe Coin, Kate Clark, Peter van Heyghen, Teun van der Zwart, Patrick Ayrton, Nicola Luisotti e Sigvards Klava, e cantou em diversos países, tais como Portugal, Holanda, Bélgica, Itália, Alemanha e Equador.
Meio-soprano Cátia Moreso
Cátia Moreso estudou no Conservatório Nacional de Lisboa e na Guildhall School of Music and Drama, em Londres, onde obteve a Licenciatura em Canto e o Grau de Mestre (Curso de Ópera). Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian e do Lionel Anthony Charitable Trust, estudou no National Opera Studio com Susan Waters.
Venceu o 2.º Concurso de Canto da Fundação Rotária Portuguesa, o Prémio Bocage no Concurso Luísa Todi e o 1.º Prémio no Concurso de Canto José Augusto Alegria.
O seu repertório de ópera inclui, entre outros, os papéis Mother Goose em The Rake’s Progress de Stravinsky, Tisbe em La Cenerentola de Rossini, Eva em Comedie on the Bridge, Clotilde em Norma, Segunda Bruxa e Espírito em Dido and Aeneas (TNSC), Maddalena e Giovanna em Rigoletto de Verdi, Mezzo em Lady Sarashina de Peter Eötvos, Eboli em Don Carlo de Verdi, La cieca em La Gioconda de Ponchielli (Valladolid, Espanha), Giano em Il trionfo d’amore, Dianora e Elisa em La Spinalba de F. A. de Almeida, Hanna Wilson/Tracy em The Losers de Richard Wargo, Terceira Dama em Die Zauberflöte (Festival de Wexford), Baronesa, em Chérubin de Massenet, Madame de Croissy e cover de Mère Jeanne em Dialogues des Carmélites, Zanetto na ópera homónima de Mascagni (Opera Holland Park), Carmella em La vida breve de Falla (Festival de Tanglewood), Marcellina em Le nozze di Figaro (Fundação Calouste Gulbenkian), Carmen e Santuzza em Cavalleria Rusticana de Mascagni (Woodhouse, Londres).
Cantou em concerto, como solista, obras de Vivaldi (Gloria e Magnificat), Pergolesi (Stabat mater e Magnificat), Rossini (Stabat mater e Petite messe solennelle), Bruckner (Te Deum e Missa n.º 3) bem como o Magnificat, as oratórias de Natal de Páscoa de J. S. Bach, a Missa de Nelson de J. Haydn, os Requiem de Mozart, Duruflé e Verdi (Clonter Opera, Londres), a Nona Sinfonia de Beethoven e o Requiem de Bomtempo.
No domínio da música contemporânea, cantou Folksongs de L. Berio, Aventures de G. Ligeti e foi solista na estreia de Cicero Dixit de C. Bochmann.
Futuros trabalhos incluem Messias e Te Deum de Händel, Te Deum de Zelenka (Fundação Calouste Gulbenkian), a Nona Sinfonia de Beethoven, as oratórias de Ascensão e de Páscoa de Bach com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Mrs. Quickly em Falstaff (Woodhouse, UK) e Suzuki em Madama Butterfly (TNSC).

Credit: © CLIVE BARDA/ArenaPAL;
Tenor madeirense Alberto Sousa
Alberto Sousa nasceu na Madeira e iniciou os seus estudos musicais no então Conservatório de Música da Madeira. Licenciou-se em Ensino do Canto na Universidade de Aveiro onde estudou com António Salgado e concluiu o Mestrado em Performance no Curso de Opera da Guildhall School of Music and Drama, na classe de canto de Laura Sarti.
Na sequência da sua participação na prestigiada Solti Te Kanawa Accademia di Bel Canto, gravou um CD de canção italiana produzido pelo maestro Richard Bonynge em comemoração do centenário do nascimento do maestro Georg Solti.
Recentemente, Alberto ganhou o 2o lugar e Prémio do Público no Robert Presley Memorial Verdi Competition organizado pela Fulham Opera, uma companhia de ópera londrina que depois o convidou a cantar o papel de Gabriele numa nova produção de Simon Boccanegra (Verdi).
Os últimos dois anos têm-no levado a vários palcos internacionais e incluíram, entre outros projectos, uma tournée de concertos de repertório belcantístico no Japão, La Traviata (Verdi) no Barga Belcanto Festival (Itália), uma tourneé europeia de Orlando Paladino (Haydn) com a Purpur Opera e o seu debut no Gran Teatre del Liceu (Barcelona) com uma performance do Requiem de Mozart.
Em Londres, onde reside e trabalha, Alberto cantou recentemente La Bohème (Puccini) com o Clapham Opera Festival, Faust (Gounod) com a Swansea City Opera numa tourneé pelo Reino Unido e Pinkerton (Madama Butterfly, Puccini) em concerto no Cadogan Hall.
Projetos futuros incluem uma tourneé de Rigoletto (Verdi) com Regents Opera e Brighella em Ariadne auf Naxos (Strauss) com Grange Park Opera e o cover do papel titular no Nariz (Schostakovich) para a Royal Opera House.
Barítono Ricardo Panela
Natural de Aveiro, o barítono Ricardo Panela tem-se destacado internacionalmente pelas suas interpretações do repertório de Bel Canto, classificadas na imprensa da especialidade como “sedutoramente sonoras”, “um tour-de-force técnico” e “memorável”.
Ricardo iniciou os seus estudos musicais em Portugal, no Conservatório de Música de Aveiro com a prof.ª Juracyara Baptista, tendo posteriormente completado a sua Licenciatura em Canto na Universidade de Aveiro com o prof. António Salgado. Presentemente reside em Londres onde se aperfeiçoa com Laura Sarti e Dennis O’Neill.
Do seu repertório operático, destacam-se, entre outros, os papéis de Figaro em Il Barbiere di Siviglia, Conte Almaviva em Le Nozze Di Figaro, Dandini em La Cenerentola, Malatesta em Don Pasquale, Belcore em L’Elisir d’Amore e, mais recentemente, Silvio em I Pagliacci e Marcello em La Bohème.
Esteve também envolvido nas estreias em Londres das óperas Don Chisciotte de S. Mercadante (como Sancio Pancia), e Los Martirios de Colón de F. Ruiz (como Cristóbal Colón), apresentada no Queen Elizabeth Hall.
Ricardo foi recipiente durante dois anos de uma bolsa de aperfeiçoamento artístico dos International Opera Awards.
Paralelamente, desenvolve também uma intensa carreira enquanto conferencista-recitalista, tendo recentemente apresentado um ciclo de Conferências em Londres – Cadogan Hall acerca das consequências da repressão política na criação e apresentação de Ópera.