A despedida do viajante

(Foto Rui Marote)
(Foto Rui Marote)

Tal como canta o fado, o local que deixamos  tem sempre mais encanto na hora da despedida. E o momento pede uns minutos de reflexão, com as bagagens aos pés, antes de enfrentar a azáfama dos aeroportos, no regresso a casa.

O Jardim Municipal, na sua amena hospitalidade, reserva-se aos últimos minutos de quem está de partida, com a mente cheia de boas recordações mas com os olhos postos no futuro. E a objetiva do nosso repórter, tal máquina do tempo, capta esses instantes suspensos.

Por estes dias, muitos são os que terminam as férias e tornam às rotinas. É a despedida do verão, o tempo de recordar os bons momentos de lazer, recalibrar  energias e preparar-se para nova temporada de trabalho.

Enquanto uns partem, outros estarão a chegar. Assim é, e tem sido, o quotidiano das pessoas e dos lugares. Da Madeira, principalmente, terra de mar, de idas e voltas.

Neste seu cantinho verde, a ilha nunca se despede de vez, certa de que, nas andanças de um viajante, há sempre lugar aos regressos.

Com o mundo aos pés, o que importa é não perder a vontade de voltar a partir. Porque é andando que se faz o caminho.