
A obra do Governo Regional na Ribeira de Santa Luzia continua a suscitar dúvidas. Após a vitória do movimento de cidadania para poupar a Ponte Nova, eis que agora se levanta outra questão: onde estão as placas, como manda a lei, alusivas ao financiamento comunitário da obra?
Esta dúvida está a ser colocada pelo eng. Danilo Matos e secundada pelos cidadãos que o têm acompanhado no protesto em defesa da preservação do património edificado, que já levou o Governo Regional a recuar na demolição da Ponte Nova.
Outro dado a chamar à atenção neste processo: máquinas em ação, a sul do Bazar do Povo, no troço da Ribeira de Santa Luzia, entre a ponte D. Manuel e a Ponte do Bettencourt (Bazar do Povo).
Aparentemente, salienta Danilo Matos, o referido troço “não fará parte da empreitada posta a concurso e adjudicada, que vai da Ponte de Bettencourt à rotunda dos Viveiros. Fazia, sim, parte da empreitada anterior da foz das ribeiras e não chegou a ser executado. O que se passa? O governo que venha explicar”.
Danilo Matos continua a sua intervenção cívica relembrando que “o citado troço, virado ao mar, com o arco abatido de cantaria da ponte D. Manuel ao fundo e o que resta de algumas buganvílias que ainda resistem é, para mim, um dos mais bonitos da ribeira de Santa Luzia e está em óptimas condições para ser devidamente reabilitado sem que a segurança seja prejudicada. Parece que o destino será atapetar o leito em betão e “encarcerar” as muralhas do Brigadeiro Oudinot numa cortina de betão armado. Contra o silêncio, devemos exigir a informação a que temos direito”.