
“Porto.” Está tudo dito para promover uma cidade que transborda de história e que os seus habitantes chamam de “nação”.
Esta é a nova imagem turística de marca da cidade Invicta que, neste momento, está a fervilhar de turismo espanhol, inglês e francês.
Na emblemática Avenida dos Aliados, um outdoor a três dimensões com o ícone “Porto.” diz tudo ao turismo sem despender muito dinheiro para a promoção. É Porto e está tudo disto. O resto, deixa-se ao critério do visitante e há sim muito, muito para ver. Recomenda-se, por exemplo, a viagem pela cidade histórica, cada vez mais de cara renovada para acolher os milhares de turistas que a demandam continuamente.
A autarquia de Rui Moreira deu um salto qualitativo sem precedentes. A aposta nas companhias aéreas low coast, nomeadamente na Ryanair, com voos diretos de uma hora para Lisboa, facilitou a abertura do Porto ao mundo, nomeadamente às principais cidades da Europa.
O Aeroporto Francisco Sá Carneiro não chega para as encomendas e é ver o fluxo de passageiros nos últimos tempos para ter a noção de como o Porto está na moda.
Um dos seus ex-libris é a incontornável Ribeira. Basta o sol brilhar no Douro e os milhares de turistas fazem-se ao rio. Mas, atenção, quem perder o olhar junto ao Douro a mirar a serra do Pilar, arrisca-se a levar com um banho de dejetos das gaivotas. Afinal, não há bela sem senão…
Os cruzeiros no Douro não são baratos, variam entre entre os 65 e os 115 euros, num percurso até à Régua. Mas ninguém quer perder a oportunidade e até faz fila para apreciar as margens e as caves do Douro vinhateiro.
Em terra, as esplanadas enchem-se de turistas, ao mesmo tempo que se observa algo familiar à Madeira. O Hotel Pestana, também ele lotado de turismo, na praça da Ribeira.
Há um mundo de contrastes que se regista entre a Rua das Flores e o “velho casario até ao mar”, como bem canta Rui Veloso. O turismo a disparar as fotos, os pedintes a apelar à generosidade da multidão, as donzelas da Tuna Feminina da Faculdade Letras da Universidade do Porto a dar música ao turista, os empregados dos restaurantes e snacks a fumar, de fugida, um cigarro nas traseiras, num curto momento de lazer, e a poeira de prédios restaurados todo o transe para alojar mais turismo.