Documentário sobre Henrique Franco exibido em Lisboa a 3 de Junho

Henrique FrancoO Núcleo de Estudos em Fotografia e Cinema do Instituto de História da Arte (IHA) promove no dia 3 de Junho a exibição do documentário Henrique Franco e a Condição d0 Ilhéu: Ser Artista Oriundo da Madeira.

A exibição do primeiro filme documentário dedicado à vida e obra do pintor madeirense Henrique Franco  será pretexto para uma mesa redonda onde se debaterão temas como a condição do ilhéu, a pintura do modernismo em Portugal, a endémica expatriação dos artistas portugueses para Paris e a importância da divulgação da obra de artistas que, embora relevantes, carecem ainda de estudos e da atenção por parte da academia e das instituições museológicas.

A exibição e o debate acontecem a 3 de Junho de 2016, entre as 16h e as 18h30, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (Torre B, Auditório 1).

Henrique Franco nasceu no Funchal em 1883. Realizou os primeiros estudos na Escola Industrial António Augusto Aguiar do Funchal. Com seu irmão, Francisco Franco ingressou na Escola de Belas-Artes em Lisboa onde foi aluno de Columbano Bordalo Pinheiro.

Notabilizou-se no curso de Pintura Histórica e Decorativa, tendo recebido vários prémios, entre eles os de Miguel Lupi e Tomás da Anunciação. Expõs pela primeira vez na Sociedade Nacional de Belas-Artes em 1910, e voltou a expor em 1911 tendo o Museu de Arte Contemporânea de Lisboa, adquirido o quadro Outros Tempos.

Foi bolseiro do Estado, através do Legado Valmor, estabelecendo-se primeiro em Madrid e depois em Paris. Regressou ao Funchal em 1914 e, em 1921, tornou-se professor da Escola Industrial e Comercial António Augusto Aguiar, no Funchal. Foi um dos 5 Independentes na Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes ao lado de outros dois madeirenses, o seu irmão Francisco Franco e o pintor Alfredo Miguéis.

Em 1934 vem a ser professor da Escola de Belas Artes em Lisboa, sendo preterido Abel Manta no mesmo concurso. A sua obra vai aproximar-se da pintura decorativa em projectos arquitectónicos de indubitável importância, como o projecto da Igreja de Nossa Senhora de Fátima em Lisboa, projecto de Pardal Monteiro, onde trabalharam Almada Negreiros e o seu irmão Francisco Franco.

Veio a dedicar-se à Pintura a Fresco, em intervenções na Igreja de São João de Brito e na Casa da Moeda em Lisboa. Faleceu em 1961.