
(Com Rui Marote) / O clima que se respira no seio da JSD/M é de alguma tensão. Eleições à vista, no Congresso de abril, disputa certa e feia para ocupar os lugares, certamente o trampolim para uma carreira segura na alta política regional.
Os nomes de quem hoje se fala são de um líder da JSD-M de saída, Rómulo Coelho, por limite de idade, e de uma disputa da liderança provavelmente entre os atuais deputados Carolina Silva e Hernâni Gomes. Uns do afeto dos líderes políticos da renovação Albuquerquista e outros com menos afeto porque supostamente mais rebeldes. A ver vamos…
O FN não se mete em assuntos internos dos partidos, como é óbvio. Mas vem-nos à memória outros tempos, não muito longínquos, deste pessoal da “Jota” do partido no poder. Tão novinhos que eles eram, mas já com a escolinha toda feita. Tempos houve em que este grupo era discretamente e certeiramente posto na ordem, sem “rodriguinhos” e chegou onde chegou. A imagem de Rui Marote evoca os tempos da habitual ida à Quinta Vigia, da então JSD, para a inequívoca “vassalagem” ao chefe. Obviamente que a designação correta era “à saída de uma profícua reunião de trabalho com o presidente do governo”. A isto se chamava autonomia da “Jota” como das demais instituições da Madeira, até a pequena banda de música de recreio de qualquer uma das nossas paróquias.
Hoje, o Estepilha olha para a imagem e questiona: que é feito deles? Ora bem, todos se deram bem na vida com a chamada disciplina partidária e outra coisa não seria de esperar. Um belo xarope para os novos candidatos à liderança da JSD. O então presidente dos jovens social-democratas, Jaime Filipe Ramos, é líder parlamentar do partido na Assembleia; Filipe Silva enveredou pelos trâmites do futebol e preside à SAD do União; José Prada, muitíssimo mais elegante e sorridente, continua como deputado e teve muito trabalho nas anteriores eleições internas do partido, sendo chamado a decidir contra os golpes fora da lei, já que era o presidente do conselho jurisdicional do partido, portanto incapaz de agradar a gregos e troianos. De Sara Serrado deixou de ter o mediatismo dos demais colegas mas não se terá perdido.
Portanto, o Estepilha lembra que nem mesmo os jovens “apanham moscas com vinagre”.