
A Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros assinalou, esta quarta-feira, o final do ano letivo com a realização de uma Ceia Quinhentista, na qual estiveram presentes mais de 140 convidados. O banquete, à luz de archotes e sem talheres, agradou pela novidade.
Realizado num dos pátios exteriores do estabelecimento devidamente decorado à época, o evento procurou retratar vivências, gastronomia, danças e figurinos do século XVI. O objetivo foi unir professores e demais elementos da escola em torno do Projeto Educativo, articulando valores e conhecimentos, e agregando contributos de várias disciplinas, projetos e entidades parceiras.
Para além da gastronomia, a Ceia ficou marcada por momentos de dança renascentista e de boa disposição entre os convivas, entre eles o geólogo Domingues Rodrigues e o ex-secretário regional do Turismo e Cultura, João Carlos Abreu, atual responsável pela associação Criamar, uma das entidades parceiras da Escola dos Louros em projetos artísticos. Trajado de acordo com o espírito da festa, o antigo governante mostrou-se sensibilizado com a energia e o empenho de toda a equipa, no sentido de fazer da escola um espaço de aprendizagem e de divulgação da cultura.

Logística foi desafio
Dado o detalhe da época representada, foram grandes os desafios que se colocaram à comissão organizadora da Ceia em termos logísticos. Desde logo, a necessidade de reunir adereços e utensílios de fabrico artesanal, em barro e madeira.
“Foi feito um grande esforço no sentido de retratar o mais fielmente a época”, salientou José João Pereira, destacando o investimento realizado pela escola na aquisição de algumas peças e no reforço de pessoal de apoio. Isto sem esquecer, acrescenta, “a boa vontade de professores e funcionários” que colaboraram no empréstimo de muitas das peças utilizadas e na preparação do cenário e da ementa, toda ela pensada de acordo com os costumes de há cinco séculos. “Muitos frutos secos, queijos, enchidos, carne e sardinhas, tudo comido sem talheres sobre uma base de folha de couve e de pão de rolão”, exemplificou.
Esta edição da Ceia Quinhentista, a segunda realizada pela escola nos últimos sete anos, contou com a parceria dos grupos disciplinares de Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Musical e de História. O tema foi escolhido como forma de diversificar os convívios que se costumam realizar no final de cada ano letivo. Durante cerca de um mês, vários docentes preparam os adereços e o mural que decoraram o espaço, tendo o evento contado igualmente com a colaboração da comissão organizadora do Mercado Quinhentista, da escola de Machico, no empréstimo dos trajes.