Jornal da Madeira é tema quente no Parlamento

 

O Jornal da Madeira foi um tema quente em discussão hoje de manhã no Parlamento regional, com vários partidos da oposição a criticar a atitude do Governo.parlamento
José Manuel Rodrigues, do CDS-PP, por exemplo, disse que a estratégia do novo Governo é de “contemporização”, de “não decisão” que não resolve questões como a manutenção de um preço de capa fictício e distribuição gratuita.
O secretário regional com a tutela da comunicação social, Sérgio Marques, defendeu-se dizendo que este é um legado do anterior Governo que o novo Executivo está a tentar resolver, e que enfrenta o desafio de frente; mas pede 90 dias, para rescindir contrato de distribuição actual, que blinda alterações para já, periodo após o qual, em Setembro, o Governo alterará radicalmente a situação do JM, prometeu. Acabar com o “dumping” e a distorção do mercado é uma firme intenção, garantiu. E pediu à oposição que dê ao Governo o benefício da dúvida, na resolução do problema do Jornal.
Roberto Almada (BE) é que se indignou: é caricato, acusou, virem agora os membros do actual Governo dizerem que o JM se trata de um “legado”, quando muitos deles foram co-responsáveis na manutenção da situação durante o consulado de Jardim.
O pascigo do JM, disse, é uma “pouca vergonha” de 46 milhões de euros, após injeções sucessivas de capital do erário à razão de 4 milhões ao ano, e o actual Governo continua a compactuar com uma situação ilegal. Urge, disse, evitar prejuízos noutros órgãos de comunicação e acabar com distorção do mercado e falta de pluralismo no JM.
“Parece que houve um ventinho que por lá passou, mas no essencial, continua a ser um jornal laranja”, sentenciou.