Oposição reclama planos de emergência social e boas práticas

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A Assembleia continua a movimentar-se na discussão do programa de Governo (foto Rui Marote)

Várias questões que exprimem preocupações prementes para o que se pretende que seja uma efectiva mudança da praxis política na RAM foram já colocadas ao Executivo regional, esta manhã no Parlamento. No decorrer da discussão do programa de Governo, Miguel Albuquerque foi confrontado por deputados como Dionísio Andradre, do PND, com a alegada fraca consistência de uma nova atitude perante lobbys que alegadamente dominam a economia regional, como o Grupo Sousa.

Dionísio Andrade relembrou o posicionamento de Albuquerque durante o exercício do seu mandato como edil na Câmara Municipal do Funchal, considerando que cedeu aos lobbys, e questionou se o continuará a fazer enquanto presidente do Governo.

Referindo-se ao seu partido, o PND, afirnou que aquela força política não se deixa iludir: “Não acreditamos na sua pretensa renovação”, afirmou.

Por outro lado, Carlos Costa ((JPP) apontou a ausência de orçamento e plano de investimentos neste momento, sem os quais, acusou, a discussão deste plano de Governo “é apenas teoria”.

“As pessoas querem saber medidas concretas”, referiu, exortando à implementação de um plano de emergência social na Região.

Relativamente a esta questão, Albuquerque comprometeu-se a dar curso a um programa europeu de apoio aos carenciados e a um programa alimentar.

José Manuel Coelho (PTP) criticou as viagens que Albuquerque já fez a Lisboa “para abraçar o seu amigo Passos Coelho”, e as que o presidente da Assembleia Regional, Tranquada Gomes, já efectuou para apresentação de cumprimentos; mas sublinhou que essas viagens devem servir para traduzir-se em medidas concretas de apoio à população madeirense, que as aguarda com ansiedade.

Coelho reclamou a redução de impostos na Região sobre os pequenos comerciantes e industriais, a redução do IMI para os proprietários de prédios, o estabelecimento de uma nova e mais actualizada política de justa distribuição de água de rega pelos agricultores, cuja actividade não só é importante para a economia da Região como contribui para a não desertificação das localidades e para a fixação das populações nas freguesias fora do Funchal.