O presidente da Câmara Municipal do Funchal garantiu que o seu executivo não pactuará com a tentativa do PS, através da Coligação ‘Confiança’, de “branquear medidas que estão a ser aprovadas pelo PS a nível nacional, como a nova lei das drogas.
Após a reunião de Câmara desta quarta-feira, 4 de Outubro, Pedro Calado referiu algumas das medidas implementadas pelo actual executivo de combate à toxicodependência e de “resolução das pessoas em situação de sem-abrigo”, para justificar o chumbo da proposta da ‘Confiança’ relativa a esta matéria.
“Chumbamos porque aquilo que sentimos é que, primeiro, há um perfeito desconhecimento daquilo que é feito no município do Funchal, no combate à toxicodependência”, argumentou, garantindo que o actual executivo já tem “um trabalho vastíssimo” nestas áreas.
O que o edil funchalense diz constatar é que “há uma tentativa por parte do Partido Socialista, através da Coligação ‘Confiança’, de passar um paninho por cima daquilo que foi feito a nível nacional, que foi um desastre”, referindo-se à aprovação da lei que despenaliza o consumo de substâncias psicoactivas.
Entre outras medidas, Pedro Calado destacou o trabalho da edilidade “no terreno”, dando exemplos concretos, desde o apoio a várias Associações que trabalham nesta área, mas também a criação do projecto de habitação solidária que acolheu quatro pessoas do sexo masculino em situação de sem-abrigo, que hoje têm o seu emprego e estão a ser reabilitados, aprovação pela Assembleia Municipal da Estratégia Municipal para as Pessoas em situação de Sem-Abrigo, medidas e acções nas escolas e no desporto de combate à droga, entre outras.
Calado afirma que, na Madeira, “estamos a tentar implementar medidas e o PS apresenta uma medida para tentar se sobrepor ao que já estava a ser feito, para tentar branquear aquilo que está a ser feito pelo Partido Socialista”.
“Não vamos pactuar com este branqueamento de medidas que estão a ser aprovadas a nível nacional”, reiterou o presidente da Câmara, que sugere aos vereadores da coligação Confiança que apresentem um “voto de censura” à nova lei da droga que foi aprovada pelo Governo Socialista.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal questiona também o porquê dos vereadores da Coligação ‘Confiança’ apresentarem agora propostas, quando durante os oito anos em que estiveram na gestão da CMF, “não fizeram nada para combater o problema da toxicodependência e dos sem abrigo, problemas que se agudizaram durante o período da pandemia”.
Por último, Pedro Calado considera que a proposta apresentada pela ‘Confiança’ é “extemporânea” e uma “cópia integral” daquilo que existe a nível nacional, o que revela um total desconhecimento sobre aquelas que são as competências dos Municípios nesta área.