Polícia Marítima quer drones da ARDITI

André Freitas e Victor Azevedo, do Projecto Sentinela Atlântica da Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação, estão desde a passada semana a participar no REPMUS23, um exercício da NATO que junta no distrito de Setúbal representantes de 26 países, em nome de mais de 40 empresas e universidades que têm desenvolvido trabalho na área dos sistemas não tripulados, refere uma nota de imprensa.

“Sesimbra e Tróia têm acolhido o maior exercício de experimentação operacional no âmbito da Aliança Atlântica, com a ARDITI a participar em operações aéreas em apoio ao Grupo de Ações Táticas (GAT) da Polícia Marítima, a fim de validar a utilização dos sistemas aéreos não tripulados, desenvolvidos na Agência madeirense, em meios de ação tática e ambientes hostis”, refere o mesmo comunicado.

O cenário escolhido foi uma intervenção tática simulada de reconhecimento de um edifício abandonado, onde havia suspeita de atividade ilícita. O principal objetivo foi localizar o suspeito através do exterior, entender a configuração do edifício e identificar, depois, pontos sensíveis com recurso a Sistemas Aéreos Não-Tripulados – SANT’s  (vulgarmente conhecido por drones) como é o caso do Alfa exterior, um dos quatro modelos da ARDITI, prossegue a nota do Comando Operacional da Madeira.

No cenário seguinte, foi feita a intervenção no interior do mesmo edifício com SANT Alfa interior, pequeno drone com capacidade de operar em espaços fechados e apertados, com vista a localizar o suspeito.

Quanto a conclusões, o drone conseguiu manter um comportamento muito consistente, atuando eficazmente na localização do suspeito e nos procedimentos já seguidos pela equipa do GAT.

A Polícia Marítima mostrou interesse em incorporar estes novos equipamentos nos seus procedimentos, garantindo uma maior segurança e redução de stress durante as operações a efetuar no futuro, conclui o comunicado.