JPP critica recurso a ambulâncias para transporte não urgente de doentes

O JPP diz, pela voz de Lina Pereira, que o SESARAM continua a recorrer a ambulâncias de socorro (AMS) para o transporte não urgente de doentes, remetendo para as corporações de bombeiros esta responsabilidade que, por lei, é do serviço regional de saúde.

“Este é um assunto já denunciado pelo JPP no passado e posteriormente desmentido pelo SESARAM. Mas a verdade é que o SESARAM não tem tido capacidade de resposta para fazer o transporte não urgente de doentes entre os seus próprios serviços e continua a não ter. Mesmo com o pagamento de uma empresa, num valor que supera os 35 mil euros, o SESARAM continua a recorrer às ambulâncias de socorro”, aponta o partido. 

“E aqui falamos, por exemplo, do transporte de doentes entre as urgências periférias e o Hospital ou entre os centros de saúde e o Hospital. Ou seja, o SESARAM está a comprometer serviços urgentes ou emergentes que possam surgir. Está a comprometer o socorro da população quando obrigam os bombeiros a utilizar ambulâncias de socorro (AMS) para fazer um simples transporte de doentes. Isto deixa as corporações de bombeiros, muitas vezes, sem ambulâncias para socorrer uma situação de urgência ou emergência”, critica o “Juntos pelo Povo”.

“Tem sido recorrente as pessoas, após ligarem para o 112, serem informadas de que não há ambulâncias disponíveis remetendo para os familiares esta responsabilidade. Quando não se torna possível, empurram para os bombeiros locais o transporte”, aponta-se. 

O transporte não urgente de doentes está regulamentado por portaria enquanto responsabilidade do SESARAM e integra a própria prestação de cuidados de saúde sendo, por isso mesmo, um direito dos utentes, conclui Lina Pereira.