Nuno Morna apresentou programa e lista com “heróis do liberalismo”

No seu discurso de apresentação de candidatura às eleições regionais de Setembro de 2023, o cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal, Nuno Morna, declarou-se honrado em dar a cara por um programa “que pretende reduzir impostos e criar riqueza; que apresenta medidas concretas para mudar o sistema regional de saúde; que tem na mobilidade terrestre, marítima e aérea, propostas que pretendem alterar profundamente os paradigmas em vigor; que procura soluções exequíveis para o problema da habitação; que é realisticamente ambientalista; que tem na segurança de todos um enfoque especial; que combate a corrupção; que olha para o Norte e para o Porto Santo atendendo às suas especificidades”.

“A Madeira consegue mais. Precisamos pagar menos impostos reduzindo em 30% irs e iva, como acontece nos açores, para que nos sobre mais ordenado no fim do mês, aumentando assim o poder de compra de todos os madeirenses”, salientou. “Precisamos de mais e melhor saúde, estabelecer parcerias com os privados para reduzir significativamente as listas de espera e, depois, acabar com elas. Necessitamos de muito mais e melhor nos cuidados primários”.

“Deixem passar o liberalismo”, exortou.

“A Madeira consegue mais. Melhorar os transportes públicos para acabar com a necessidade que muitos têm de levar o seu carro para todo o lado. De, junto aos privados, acertar numa solução para o transporte via ferry, assegurando, assim, o preceito constitucional da continuidade territorial- É preciso, com urgência, regulamentar o que está aprovado na Assembleia da República sobre o subsídio de mobilidade aérea, e avançar para outras e mais ousadas soluções no modo como este funciona”, insistiu.

Por outro lado, disse que “precisamos ser mais exigentes nas obras públicas, que não podem continuar a descambar para preços muitíssimos maiores do que os contratualizados”.

“A construção a custos controlados não pode ter como resultado que os preços sejam pouco inferiores aos que correm no mercado. A isenção e a baixa de impostos e taxas permitidos por lei, tem de se reflectir no preço final. Para a maioria dos madeirenses, que não ganham 3.500 euros por mês, comprar uma casa é impossível”.

Defendendo a bandeira do ambiente, salientou por outro lado que a Madeira tem hoje “um problema de segurança” que é preciso resolver.

“É preciso tudo fazer para acabar com a pobreza, para retirar o maior número dos nossos dessa situação”, disse, por outro lado. “Somos a 2ª região do país onde o risco de ser pobre é maior. Mais de 30% dos madeirenses correm risco de pobreza. É inaceitável que ao fim de quase 50 anos de autonomia isto esteja a acontecer. É inaceitável que este número aumente ao invés de diminuir. É a demonstração mais clara de que estamos a falhar”.

“É importante ter em conta que muitas destas pessoas têm trabalho, não estão desempregadas. Têm trabalho e não conseguem assegurar as suas despesas mensais: casa, alimentação, saúde, vestuário, água, luz, gás, a escola dos filhos”, frisou.

“É urgente enterrar de vez o dito “contencioso da autonomia”, que mais não serve do que ser uma arma de arremesso, que não resolve absolutamente nada. Seremos, isso sim, sempre a favor do consenso da autonomia, como desígnio nacional que deve ser”, referiu ainda Nuno Morna.

O candidato criticou o “ciclo interminável da autonomia da “grande laranja”, pejada de jobs for the boys, nepotismo, subsidiação de tudo o que mexe, perseguição aos que se atrevem a dizer que o rei vai nu, betão e protecção aos grupos económicos, fracas perspectivas de desenvolvimento e uma enorme preguiça de fazer seja o que for, tem de acabar. Uma das nossas primeiras propostas será a da criação de um gabinete de combate à corrupção para acabar com isto e tornar tudo mais transparente”.

Apresentou “uma lista de gente corajosa e empenhada, sem medo de exercer a liberdade que tem. Que não aceitam a pressão, a indignidade da ameaça velada. Uma lista onde mora uma enorme vontade de mudança. Verdadeiros heróis liberais que farão justiça aos nomes madeirenses da história do liberalismo português: João do Carvalhal, Filipe Joaquim Acciaioli, Joaquim Carlos Fernandes de Couto, António Fernandes Camacho, Marceliano Ribeiro de Mendonça, Luiz António Figueiroa, Padre João Manuel de Freitas Branco, entre outros. Uma lista de 94 nomes equilibrada, com 50% de homens e 50% de mulheres, com uma média de idade de 45 anos, onde pontificam muitos jovens, e onde não nos esquecemos da sabedoria que os que mais viveram nos podem transmitir”.