A Madeira apresenta os piores indicadores sociais que colocam o arquipélago na cauda do país e na cauda das regiões Ultraperiféricas
O Bloco de Esquerda realizou uma acção política na manhã de hoje, para referenciar que a Madeira apresenta os piores indicadores sociais que colocam o arquipélago na cauda do país e na cauda das regiões ultraperiféricas.
Apesar do crescimento económico que todos os dias é anunciado na comunicação social e pelo Governo Regional, diz o BE, as estatísticas mostram que “vivemos numa profunda crise social onde sobressai o aumento de risco de pobreza que atinge 25% da população e onde se aprofundam as desigualdades”.
“A maior parte destas pessoas trabalha, mas não consegue com o seu salário pôr comer na mesa, o mês inteiro.
Por seu turno, a classe média está cada vez mais esgotada com o aumento do custo de vida, das taxas de juro que não param de subir, com impostos e salários que não crescem, nunca”, aponta a coordenadora do Bloco, Dina Letra.
Enquanto isso acontece, acusam os bloquistas, Miguel Albuquerque e o seu governo apresentam uma ilha das maravilhas, onde todos os dias os números do turismo crescem, e tudo é noticiado como sendo sucesso da governação do PSD.
Ora, para este partido de esquerda, o discurso oficial está completamente desfasado da realidade em que vivem milhares de madeirenses e porto-santenses.
“Este Governo PSD-CDS há muito que que deixou de governar para todos os madeirenses, vive numa bolha de privilégios e está pouco preocupado em melhorar a vida concreta dos cidadãos. Mas promete muito. Aliás, em tempo de eleições já espalhou promessas por todo o lado”, queixa-se o Bloco.
“Temos um modelo económico assente na precariedade e nos baixos rendimentos, na exploração de quem trabalha, que ganha salários mínimos e salários médios de miséria, que nem sequer tiveram aumentos equivalente à inflação
O Bloco de Esquerda entende que é necessário outro modelo de economia, outras políticas que coloquem as pessoas no centro da acção política e que lhes devolva o direito a uma vida boa, digna e mais justa. Para isso é imperioso aumentar salários, aumentar pensões, acabar com os vistos gold, que fazem aumentar os preços da habitação para preços que não são compatíveis com os salários de quem cá vive e trabalha e contribui com o seu esforço para a riqueza da região”, sublinha Dina Letra.
“É necessário também baixar impostos quer sobre o rendimento do trabalho quer sobre os bens essenciais, doa alimentos à electricidade. E o Governo Regional da Madeira tem os meios que a Autonomia lhe confere e a capacidade financeira para o fazer. E só não faz porque não quer”, acusa.