Assaltantes não poupam tabacarias: o “Terror das Courelas” ataca

Rui Marote
Se não visse nem queria acreditar. Quarta-feira, 20h40. Avenida Arriaga, a sul o Teatro Municipal e a esplanada do café do Teatro, a norte a praça de táxis. A luz do dia a esconder-se no horizonte. Duas personagens espreitam para o interior do quiosque de revistas e jornais “A Cabana do Jardim”, tentam forçar a porta, e aplicam cinco “patadas”  na mesma deixando-a aberta e danificada. Surpreendidos por outras pessoas, abandonam o local. Alguém alerta as forças policiais, que entretanto compareceram.
Cerca das 21 horas, na Avenida do Infante, em frente ao Pestana Casino, outra tabacaria e os mesmos assaltantes. Desta feita a tabacaria é situada junto a uma paragem de autocarros e tem e que tem como vizinha uma confeitaria.
Aqui os “ratões” são surpreendidos, mas não apenas surpreendidos, são também retidos pelos transeuntes.
A Polícia, que ainda se encontrava no local da primeira tentativa de assalto, de imediato alertada seguiu para a Avenida do Infante, tomando conta da ocorrência. Mas nada pôde fazer, porque a proprietária não quis participar.
Na “Cabana do Jardim” tudo ficou filmado ao pormenor pelas câmaras ali instaladas, mas de nada serve em tribunal. Os assaltantes estão protegidos e as  imagens não servem de prova.
A primeira personagem é conhecida pelo “Terror das Courelas”: a segunda é originária de um país de leste.
O Funchal não tem fronteiras mas está a tornar-se uma cidade perigosa. O Funchal Noticias não pode exibir o filme que viu em “ante-estreia”. Se a lei não muda, estamos bem arranjados. Se fosse no Velho Oeste, colocavam-se uns cartazes nas árvores dizendo “Procura-se vivo ou morto”. Aqui a lei compensa para novas tentativas de assalto.