Chega diz que Sérgio Marques confirmou “redes de corrupção” na Madeira

O Chega-Madeira emitiu um comunicado no qual considera que Sérgio Marques confirmou, perante a Comissão de Inquérito, “a rede tentacular de influências que rodeiam e amarram o governo regional”.

“Ouvido na Comissão de Inquérito sobre obras inventadas, o ex-deputado criticou o servilismo de várias lideranças regionais aos principais grupos económicos a actuar na Madeira, os quais, na sua opinião, atingiram níveis de poder excessivos”, diz o Chega, acusando o PSD de “cobardia política” por não ter querido inicialmente auscultar o ex-governante.

“Ao contrário do que eram os interesses do executivo de Miguel Albuquerque e do grupo parlamentar laranja, que tudo têm feito para retratar as acusações de ‘obras inventadas’ como frutos da imaginação de um político numa qualquer ‘hora de burro’, Sérgio Marques apontou com clarividência aquilo que os madeirenses já sabem há muito: que a operação portuária é um monopólio, que investimentos públicos rigorosos não interessam a certas empresas de construção civil, que determinados grupos económicos preferem governantes que lhes sejam subservientes, que há empresas com demasiado poder na Madeira e que, há décadas, o dinheiro dos madeirenses anda a ser desperdiçado em obras que são tudo menos prioritárias para a qualidade de vida de quem paga impostos”.

“Aliás, que um político que tem ocupado os cargos que Sérgio Marques tem assumido venha, perante uma comissão de inquérito, confirmar que as prioridades da administração pública regional não interessam aos grupo económicos é a prova mais clara de que, ao contrário do que o PSD-Madeira afirma, a região não é um exemplo de governação, mas sim e apenas mais um infeliz caso de um território onde a corrupção sistemática e o conluio têm imposto um pesadíssimo custo às famílias trabalhadoras, empurrando ainda mais para o fundo a confiança entre eleitos e eleitores. Para o líder do CHEGA Madeira, Miguel Castro, “por muito que o governo de Miguel Albuquerque queira dizer que tudo está bem na pérola do Atlântico, a verdade que sobressai é de que o orçamento regional está a saque e a governação é feita à medida do licitador mais chorudo – e tudo é pago por aqueles que trabalham e são asfixiados com impostos”, refere-se no comunicado.

Miguel Castro considera que “os madeirenses merecem mais. Mais respeito. Mais dignidade. Mais atenção. Mais transparência. Mais verdade. Mais qualidade de vida. Mais poder de compra. Mais esperança no futuro. Mais habitação. Melhor Educação. Melhor Saúde. Melhor governação!”, reforça.