Abertura das Jornadas da Matemática com reflexão, dúvidas, tecnologia e música

A Escola Secundária Jaime Moniz abriu hoje a Semana da Matemática, uma iniciativa deste grupo disciplinar, coordenada pelo docente João Viveiros, que se prolonga até ao dia 16 de março. Reflexão, dúvidas, tecnologia e até a música marcaram a abertura de um evento que procura suscitar o debate sobre as grandes questões em torno desta importante área do conhecimento. Aliás, no dia 14 de março, comemora-se o Dia Internacional da Matemática.

Ana Isabel de Freitas, presidente do Conselho Executivo da ESJM, colocou o enfoque da sua intervenção na importância de incluir todos os alunos no processo de ensino-aprendizagem, fazendo a apologia de uma escola inclusiva, onde nenhum aluno pode ser desconsiderado nesta caminhada ou sequer rotulado de mau aluno. Tendo por base os diplomas legais em vigor e a sua experiência de docente de Filosofia, e perante o tema da palestra da tarde – “A Matemática vista pelos olhos de um mau aluno”, pelo docente Rolando Almeida, de Filosofia – Ana Isabel Freitas manifestou a sua curiosidade em compreender essa definição de “mau aluno”, dado que, numa escola inclusiva todos os alunos têm competências diversificadas e aprendem a ritmos diferentes, uns com mais vocação para a Filosofia, outros para a Matemática e ainda outros para outras áreas do saber. Apelou também à cultura do esforço e do empenho dos estudantes e a uma atitude de contínuo questionamento sobre o mundo que os rodeia, bem como à importância de investir no trabalho colaborativo.

A vice-reitora da UMa, Elsa Fernandes, também participou da sessão de abertura. Ex-aluna do “Liceu”, começou a desenhar os seus sonhos nesta instituição sem nunca imaginar que seria professora de matemática. Está consciente da realidade da aprendizagem da Matemática: para uns, um fascínio, para outros um “bicho-papão”. Em 2005, criou a introdução dos robôs na aprendizagem da Matemática e da Informática, longe de saber que, hoje, a tecnologia está amplamente difundida na escolas da Madeira. Mas também apelou ao desenvolvimento das soft skills, nomeadamente à empatia e ao voluntariado, para a formação integral do bom profissional.

A abertura das Jornadas terminou ao som da música, com uma bonita interpretação de saxofone a cargo das alunas Inês Ferreira e Matilde Alves.